Foto: Reprodução
A direção do Legislativo de Santa Maria resolveu apelar para uma medida mais dura com o objetivo de garantir a presença dos vereadores até o final das sessões, uma vez que é recorrente o número mínimo de parlamentares – sete dos 21 – necessário para não encerrar os trabalhos. Em outras vezes, a sessão foi encerrada por falta de quórum.
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A Mesa Diretora, junto com a Procuradoria Jurídica da Casa, está elaborando uma resolução que irá prever que o vereador que utilizar o tempo de bancada será obrigado a ficar até o fim, no caso no grande expediente, espaço de manifestações em que os parlamentares têm mais tempo para os pronunciamentos. O anúncio da medida foi feito ao final da sessão de terça-feira pelo presidente da Casa, Manoel Badke (União Brasil).
Atualmente, a presença dos vereadores é obrigatória só na ordem do dia, período da votação de projetos, mas que muitos parlamentares solicitam, entre a análise de uma proposta e outra, espaço de liderança de bancada. E depois que se manifestam acabam deixando o Legislativo. O espaço de bancada pode ser concedido a qualquer tempo.
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Como as sessões plenárias ocorrem sempre às terças e quintas-feiras, a agenda nesses dois dias dos parlamentares deveria estar reservada para a presença em plenário em respeito aos próprios colegas que permanecem até o fim reuniões e, principalmente, à população, que os elegeu e banca os seus salários. Precisar de uma resolução para garantir a presença dos parlamentares até o fim das sessões, o que é uma obrigação, soa até uma piada. Mas não é! Acredite, eleitor!
A cúpula do Progressistas acompanhou em peso a visita do deputado federal Afonso Hamm ao gabinete do prefeito Jorge Pozzobom (PSDB), na última segunda-feira. O parlamentar foi ao Executivo levar sua solidariedade e, ao mesmo tempo, colocar-se à disposição para ajudar a cidade, que foi atingida pelas fortes chuvas.
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Ao lado de Hamm (à esq., de Pozzobom), estava o ex-vice-prefeito Sergio Cechin, que, depois de um longo inverno, voltava ao gabinete do prefeito, já que, após a disputa acirrada no 2º turno das eleições de 2020 entre ambos, a relação – que era boa até se tornarem adversários – azedou. Também davam peso à comitiva o atual presidente do Progressistas, vereador Pablo Pacheco, e os ex-presidentes da sigla Mario Bakof e Marcelo Dalla Corte.
Essa representatividade indica que a aliança entre PSDB e Progressistas à prefeitura caminha a passos largos. O pré-candidato a prefeito, o vice Rodrigo Decimo (PSDB), claro, também estava presente (à dir., de Pozzobom).
Em tempo: O encontro entre Pozzobom e Cechin no gabinete foi o primeiro publicamente, contudo, os dois já tinham ficado frente a frente bem longe dos holofotes para aparar as arestas.