Foto: Lucas Amorelli (Arquivo/Diário)
O desfecho se deu em três atos, acontecidos no intervalo de dois dias. No domingo (2) pelas redes sociais, Beto Fantinel anunciava sua decisão de não mais se candidatar à prefeitura. Na segunda (3), figurões do MDB do deputado e secretário estadual se reuniram e bateram o martelo: o partido terá concorrente e este deve ser Magali Marques da Rocha.
Por fim, na terça-feira (4), o Progressistas (PP) se definia e, em decisão unânime dos presentes à reunião do Diretório Municipal, decidia indicar o nome do candidato a vice e apoiar Rodrigo Decimo, do PSDB, para a prefeitura.
+ Entre no canal do Diário no WhatsApp e confira as principais notícias do dia
No final, tudo foi muito rápido. Mas a sensação é que era gestado já há um bom tempo. O sentimento anti governo do PP se desvaneceu aos poucos, ao ponto de hoje parecerem um só. Trabalho de articulação bem montado e que teve como artífice, do costado governista, entre outros, o presidente tucano Guilherme Cortez e o próprio Decimo. E, do lado do Progressistas, sobressaíram o ex-presidente Mauro Bakof e o atual Pablo Pacheco.
Nessa parada, o PP entendeu que a parceria com o PSDB seria mais produtiva. O futuro dirá se isso é ou não correto. Mas gerou consequência definitiva: deixou o MDB sem chão aparente, por mais que agora tente dar a volta por cima.
Ah, e as razões de Beto Fantinel para desistir (o trabalho de reconstrução do Rio Grande e suas tarefas no governo estadual, depois das chuvas) são bem apreciáveis, mas não as únicas. O tempo haverá de esclarecer melhor.
Para fechar, a coluna reproduz texto aqui publicado em 27 de abril, há 40 dias. Confira:
“Não estaria na conta de Fantinel e do MDB a candidatura solitária ou mesmo com uma aliança ‘fraca’. Vai daí que surgiu outra cogitação, colocada a três interlocutores da coluna: o partido recolheria seu time, manteria forte nominata para a Câmara e embarcaria na nau com PSDB e PP... Hoje seria talvez uma insanidade. Mas amanhã... ou dentro de dois meses...”