Desafio de Rodrigo Decimo e o nervosismo no primeiro escalão

Desafio de Rodrigo Decimo e o nervosismo no primeiro escalão

Foto: Beto Albert (Diário)

São cerca de 20 Cargos de Confiança graúdos na prefeitura. Há outros, claro, intermediários, mas com salário menor. Agora, no que concerne à cobiça política, é essa vintena que conta. Inclusive do ponto de vista midiático.


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Dito isto, neste momento devem já estar acontecendo reuniões e mais reuniões. Não necessariamente já com o prefeito eleito, Rodrigo Decimo, que tem lá suas próprias ideias e certamente entra no processo mais adiante. É assim que é. Mas não quer dizer que assim será.

 
A principal premissa do próximo governo já foi fixada por Decimo e dá a ideia do que pode vir. Sim, será um novo governo. E a continuidade do atual haverá apenas no que for compatível com o próximo comandante. Isso significa, obviamente, que haverá trocas. De opções. E de nomes.

 
Boa parte deve continuar. Mas isso pode significar, hipoteticamente, não mais que a metade. Ou pouco mais que isso. Daí porque o nervosismo tende a ser crescente, até o anúncio definitivo dos próximos primeiro e segundo escalões. Especialmente porque há compromissos novos e atores significativos a ser contemplados. O principal deles é o PP, grande aliado de primeira hora. Mas não o único.

 
O próprio desenho do governo tende a mudar. No mínimo com a criação de uma nova secretaria, promessa de campanha: a de Segurança Pública.

 
Esse tema ainda vai render. Mas o certo é que Rodrigo Decimo tem um desafio e tanto pela frente. E isso antes mesmo de começar a governar. Do jeito que ele quer.


Luneta

NO ESTADO
Não se sabe, ou ao menos ainda não foi tornada pública, qual a função a ser exercida pelo prefeito Jorge Pozzobom, quando deixar o cargo, em janeiro. É certo, no entanto, que o tucano terá espaço relevante no governo de Eduardo Leite. Além de contribuir com a gestão estadual do partido, também será um lugar em que poderá se locomover politicamente no rumo de 2026, quando deve concorrer a deputado.


SUPLENTES
Inclusive por seu desempenho nas urnas, insuficiente para obter uma cadeira na Câmara, mas numericamente importante, suplentes de vereadores são candidatíssimos a cargos no governo municipal. Ou mesmo no próprio Legislativo, assumindo o lugar de vereadores que virarem secretários. É o caso de um punhado de governistas, a começar pelos dois regras-três dos tucanos, Juliano Soares e Guilherme Ribas.


SUPLENTES II
Na mesma situação dos suplentes do PSDB, outros (quase) parlamentares, de partidos parceiros ou mesmo aliados, também estão na lista de nomes potencialmente usados pelo próximo governo. Estão nesse caso, entre outros, o republicano Getúlio de Vargas e a pepista Marlene Nascimento. A relação fica ainda maior se a ela forem acrescidos os suplentes de siglas como Novo, PL, PSD e Podemos, além do MDB.


ECUMENISMO
A conquista numericamente tranquila de Nídia Heringer, que garantiu nas urnas novo mandato de reitora do Instituto Federal Farroupilha, teve uma peculiaridade. A professora reeleita contou com apoio político pra lá de ecumênico, o que deve significar alguma coisa enfim. Ah, entre os que gravaram depoimentos pró-Nídia anote-se o ministro Paulo Pimenta (PT) e o prefeito Jorge Pozzobom (PSDB).


PARA FECHAR!
Presta atenção no movimento dos suplentes de vereadores a partir de janeiro. Sem mandato a perder, e eventualmente despreocupados com a ação de seu (ainda atual) partido, pode acontecer a movimentação de vários em direção a novo rumo. Se observar bem, notará que há gente bastante deslocada ideologicamente e que ficou na terceira ou quarta suplência. São candidatos naturais se mandar de onde estão.

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