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Além dos próprios pepistas, diretamente interessados, pelo menos o deputado licenciado e ainda secretário estadual de Desenvolvimento Social, Beto Fantinel, estava pra lá de interessado na discussão interna que moveria o PP santa-mariense, na noite desta sexta-feira (19), no salão do Clube Comercial. Ainda que essa não fosse a pauta, disse ao colunista o presidente da sigla, Pablo Pacheco, na tarde de quinta-feira (18).
O emedebista, que não se furta a papear com quem quer que seja, pode até negar, mas a preferência dele e de boa parte dos partidários é reeditar aliança local feita há quatro anos, só que ao contrário, com o PP oferecendo o nome do candidato a vice, numa dobradinha. E, claro, quem Fantinel e os seus querem, mesmo, como parceiro eleitoral é o próprio Pacheco.
A notícia ruim é que, no entender dos próceres do partido outrora liderado por Ulysses, pelo menos por enquanto não há plano B. Isto é, a aposta máxima, e por ora única, é justamente na união com o Progressistas.
E estes, embora possam acolher a proposta, o que beneficiaria a intenção de Fantinel e seus companheiros, mantêm uma disputa interna em que crescem (por enquanto, em movimento aparentemente insuficiente) os que atuam para uma aliança do pepismo com o governo. O que significaria ter Pablo Pacheco como vice de Rodrigo Decimo, do PSDB.
Outro grupo, ainda mais minoritário e concentrado na chamada “nova guarda” do PP, por proximidade ideológica, gostaria até de ver exumada a ideia de apoiar Giuseppe Riesgo, do Novo.
É provável que essa negociação política, que tem elementos ainda a ser deslindados e com movimentos por ora imprevisíveis, chegue a bom termo. Mas não será para já. Os processos internos do PP, ainda machucado pela perda de três de seus quatro integrantes da bancada original eleita em 2020, tendem a ser lentos.
Não é improvável, inclusive, que roupa suja esteja sendo lavada no interior do PP, por suposta perda de espaço (que as urnas terão ainda de confirmar) ideológico para o PL. E isso poderá determinar demora maior na definição do rumo partidário em outubro.
Enquanto espera, o MDB e seu pré-candidato papeiam com o PSB, o PSD e quem mais apareça pela frente. Inclusive com siglas minúsculas que não têm votos, mas podem afiançar alguns segundos a mais no trololó eletrônico, a campanha eleitoral pelo rádio e da TV.
Com essas siglas se negociam espaços num eventual futuro governo. Mas um vice? Esse posto está destinado ao PP. Se o associado preferido quiser, bem entendido. Não se cogita, por enquanto, ter outro nome para coadjuvar com Fantinel. Talvez devesse.