Foto: Beto Albert (Diário)
O vereador Paulo Ricardo se colocou, em determinado momento, como pré-candidato a prefeito pelo PSB. Hoje ele não está mais no partido, foi para o PSD e deve mesmo concorrer a um novo mandato.
+ Entre no canal do Diário no WhatsApp e confira as principais notícias do dia
Já João Ricardo Vargas, hoje parlamentar pelo PL, partido que assumiu como seu em março, foi colocado também como pretendente à prefeitura ou a vice, desde os tempos em que estava no PP. Se falou e escreveu também da possibilidade (justiça seja feita, jamais ouvida pelo colunista da boca do próprio) de não concorrer a nada. Depois de tudo isso, o que se tem é a pretensão de novo mandato, agora na outra sigla.
Anita Costa Beber, por sua vez, eleita pelo PP, chegou a comunicar sua ideia de recolhimento, sem concorrer a nada agora. De repente, em atitude por muitos tida como surpreendente, deu uma guinada na sua vida política. Deixou seu partido, assumiu o Podemos e segue na lida, como pretendente à reeleição.
Por fim, Tony Oliveira, do Podemos. Até a undécima hora se colocava como pré-candidato à prefeitura, condição que o fazia criticar meio mundo, da canhota à destra, sem discriminação. No final, rendido pelos fatos (falta de recursos e apoio efetivo dos dirigentes), decidiu mesmo é buscar novo mandato no parlamento onde “não se decide nada”, segundo suas palavras.
Assim é que, no final das contas, quando se supunha que o Legislativo seria renovado obrigatoriamente em mais de 30%, com a saída por moto próprio de no mínimo sete edis, o que se tem é menos da metade disso.
Enfim, a renovação compulsória, salvo improvável surpresa de última hora, está resumida a três edis.
Dois porque decidiram não concorrer. Um o atual presidente da Câmara, Manoel Badke, do UB, pretendente a pendurar as chuteiras. Outro, que até poderá voltar no futuro, é o dublê de vereador e presidente do PP, Pablo Pacheco. E, por fim, quem não volta é a edil presidente do PL, Roberta Leitão, que concorre à prefeitura.
Atenção: o que você leu acima é o que já está previamente definido. Mas não é o número final de renovação. O eleitor é soberano e tende a ampliar esse índice, não dando votos necessários à reeleição para outros dos atuais 21 vereadores que não estarão no Legislativo a partir de janeiro.
A propósito, a coluna fez pesquisa rápida, a partir do site da Câmara, para saber como se comportou o eleitorado, em três pleitos anteriores.
O fato é que, sempre pelos mais variados motivos (candidatura a outro cargo, desistência ou mesmo falta de votos), da Legislatura 2017/20, 12 edis, mais de 50%, não voltaram em 2021. Do período anterior, 2013/16, oito (ou quase 40%) não retornaram. O mesmo número dos que não voltaram da Legislatura 2009/12.
Cada eleição é uma eleição, por certo, mas é possível afirmar, sem qualquer esforço, que se terá uma disputa para lá de difícil. E certamente mais (bem mais, talvez) que os três já decididos não estarão no plenário do Legislativo a partir de 1º de janeiro.