Foto: Beto Albert (Diário)
Que ninguém duvide: já começaram as articulações na Câmara visando ao que virá a partir de 1º de janeiro. Entre as questões em debate, uma sobressai, mesmo antes dos conchavos em torno da nova direção da Casa.
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Qual? O comportamento que será a norma entre os 21 edis e o novo comando do Executivo.
De pronto, o prefeito eleito Rodrigo Decimo (PSDB) e sua vice, Lúcia Madruga (PP), podem festejar uma circunstância pra lá de favorável na sua relação com o parlamento. Diferente de Jorge Pozzobom, que, negociando ou não, eventualmente precisou contar com votos da esquerda (leia-se PT e PC do B), por conta de uma oposição clara à direita, o tucano que assume dentro de aproximadamente dois meses, a rigor, tem apenas sete edis na oposição, quem sabe oito.
Além dos cinco eleitos pela Federação Brasil da Esperança, os petistas Valdir Oliveira, Marina Callegaro, Helen Cabral e Sidinei Pereira, e o comunista do B Werner Rempel, estão na lista de oposicionistas o unionista Marcelo Bisogno e a psolista Alice Carvalho. A incógnita seria Luiz Fernando Cuozzo Lemos, eleito pelo “neutro” PDT, mas que tenderia a também compor com os adversários do governo.
Todos os demais eleitos em 6 de outubro fecharam com o bonde tucano/pepista no segundo turno. Além dos tucanos Admar Pozzobom, Givago Ribeiro e Lorenzo Pichinin e dos pepistas Sérgio Cechin e Luiz Carlos Fort, os vitoriosos puderam contar com os liberais Tubias Calil e João Ricardo Vargas, os republicanos Alexandre Pinzon Vargas e Guilherme Badke, o podemista Tony Oliveira, os emedebistas Rudys Rodrigues e Adelar Vargas, e o novista Luiz Meneghetti.
Resumo da ópera: se fizer bem o jogo político, o que implica inclusive ceder espaços no governo, Decimo poderá contar com até dois terços da Câmara. Pelo menos para começar o mandato. Nada mal.