A divisão de ideias do MDB, antes da convenção municipal

A divisão de ideias do MDB, antes da convenção municipal

Foto: Divulgação

É improvável que ocorra disputa no voto. Pelo menos não para escolher os integrantes do Diretório. Mas o fato é que a convenção do MDB, que acontece em 26 de abril, tem tudo para ser quente. E o debate interno se intensifica, como poucas vezes antes.

 
+ Receba as principais notícias de Santa Maria e região no seu WhatsApp


Se pretendia, inclusive, fazer uma reunião ampla, e preparatória à convenção, neste final de semana. Não se encontrou local. Nem mesmo o Palacete da Vale Machado, que estará sendo dedetizado.

 
O que está em jogo, nos bastidores, de todo modo, e independente de reuniões, é que tipo de agremiação se terá. Afinal, já são mais de oito anos sem estar no poder, desde que Cezar Schirmer deixou o cargo de prefeito, para viver e fazer política em Porto Alegre.

 
A presença do emedebismo na base de apoio do governo tucano de Jorge Pozzobom antes e Rodrigo Decimo agora é efêmera e volátil, e se dá de forma bastante discreta. O partido garante votos no Legislativo e tem um número “xis” de cargos de confiança, o que inclui uma secretaria.

 
Mas como será o partido a partir do final do próximo mês? É o que se está a discutir nos bastidores da agremiação no momento presidida por Antonio Carlos Lemos, que era o vice de Francisco Harrisson, hoje fora da política.

 
A coluna ouviu fontes graúdas da agremiação. Pretendia aferir qual a postura e que tipo de liderança estão em discussão. Extraíram-se dessas conversas, feitas sob a garantia de anonimato, duas posições. Ambas, ainda que possam se encontrar em algum momento, hoje são conflitantes.

 
Uma propõe mudança substantiva. Apresenta ideia de renovação e uma das fontes chega a usar o mantra da mudança: “chega dos mesmos”. Admite a importância dos parlamentares, sejam o deputado ou os vereadores, mas não gostaria de vê-los no comando. Mais, se considera muito pouco contemplada em relação ao que teria sido prometido, em termos de cargos, pelos vitoriosos da prefeitura.

 
Defensores da inovação, questionados sobre nomes, admitem que um, por jovem, atuante e dinâmico, seria o hoje discreto tesoureiro Igor Severo. No dizer de outra fonte, o contador, a profissão de Severo, é “sério, tem bom conteúdo, boas propostas e sabe o que deve fazer para bancar as mudanças”.

 
Essa posição também informa que é necessário “gente nova, para buscar novos espaços e novas e imediatas filiações”. Um chega a dizer que o “partido está velho, com gente sem iniciativa e precisando de injeção de ânimo”.

 
A outra ideia percebida pela coluna, segundo diferentes fontes, não chega a colidir com o discurso da renovação das ideias e ações. Mas não encontra nomes diferentes para essa empreitada. Prefere apostar em já afirmados. Pode ser um dos vereadores, o que daria “maior representatividade junto ao governo municipal”. Mas o favorito seria o de Magali Marques da Rocha, que foi presidente por mais de meia década, muito acatada internamente e que concorreu a vice-prefeita ano passado.

 
Para fechar: qualquer que seja a posição, há só uma unanimidade, expressa na palavra de um dos consultados pelo escriba: “temos que considerar também os interesses de Beto Fantinel”. Sim, o que ninguém disse, mas é possível afirmar: a palavra final será mesmo do deputado. Ou não?

 

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

PP em ebulição, com Pacheco de saída e dúvidas sobre o substituto Anterior

PP em ebulição, com Pacheco de saída e dúvidas sobre o substituto

Solução para poços artesianos está na AL, afirma Riesgo Próximo

Solução para poços artesianos está na AL, afirma Riesgo