Um partido é da base do governo, com direito a pelo menos três cargos de confiança importantes (presidência de autarquia, assessoria superior e direção de secretaria). No caso, o PL de Ewerton Falk, presidente do Instituto de Planejamento (IPlan), Marco Antônio Mascarenhas, que também preside a sigla, e Caroline Dalcin, presidente do PL Jovem.
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Outro partido tem um vereador estridente desde o início da Legislatura, quando ainda era o PSL, com direito a se atirar acrobaticamente em poças d’água, para provar sua teoria de inação do governo, sem falar em chegadas de surpresa em unidades de saúde. Aqui se trata do Podemos, agremiação que tem no vereador Tony Oliveira, o radialista que é sua única estrela.
Um é governista desde os primórdios, mas que anunciou esta semana sua disposição de sair da função de confiança em janeiro, três meses antes do prazo legal para os candidatos a cargo em outubro de 2024.
O outro é oposicionista até a medula, ao ponto de dizer que, do ponto de vista eleitoral, conversa com todo mundo, exceto o PT, por razões ideológicas, e o PSDB, que é o governo por ele combatido.
Falk, pré-candidato do PL a comandar o Centro Administrativo, prefere o trabalho formiguinha, de adubação contínua dos filiados – que são 747 em outubro, último dado disponível no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). É onde se inserem as reuniões setoriais, como a do grupo da Juventude, que se encontrou no último final de semana e empossou Caroline Dalcin na presidência, ela que atua no primeiro escalão da secretaria municipal de Licenciamento.
Tony, por sua vez, é mais da linha de frente, do avanço direto sobre as situações, com todo o risco que esse tipo de comportamento insere. De todo modo, bate de frente com o governo, que também pretende comandar, e para tanto é oficialmente o pré-candidato do Podemos.
Em tempo: o vereador é indiscutivelmente maior do que seu partido. A prova: em evento da agremiação, no último domingo, havia no Clube Comercial bem mais que os ralos 216 filiados que o Podemos apresenta no TSE.
E o que ambos, Falk e Tony, têm em comum? A tentativa de furar a fila dos candidatos já postos, oficial ou oficiosamente. Querem passar na frente de Beto Fantinel (MDB), Giuseppe Riesgo (Novo), Paulo Burmann (PDT), Rodrigo Decimo (futuro PSDB) e Valdeci Oliveira (PT).
Conseguirão? Bem, aí já outro papo, para o fim de outubro de 2024.