A sede do parlamento municipal, o prédio da Câmara, também conhecido como Palacete da Vale Machado, tem vários corredores. E eles falam. Às vezes aos sussurros, quase sempre sofregamente e, vez em quando, até gritam. Mas sempre “pelos cotovelos”.
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A questão é: nesse momento de transição, a caminho de uma nova Legislatura, o que se diz nesses desvãos?A coluna, por suas fontes, andou por lá. E o que ouviu? Parte pelo menos você confere a seguir:
– Há uma certeza. O governo e seus aliados vão comandar o Legislativo. Mas há algumas dúvidas. Uma é sobre a possibilidade de um acordo longo. Outra é quem será o primeiro presidente.
– A tendência é que Admar Pozzobom. do PSDB, seja o presidente no próximo ano. Ele teria o apoio garantido de pelo menos uma dezena de colegas, suficiente para uma vitória, que deve se ampliar.
– Quanto aos quatro anos de acordo, o que estaria se tentando costurar, não há tanta facilidade. Tudo bem em 2026, quando o PP teria a presidência e a entregaria a Sérgio Cechin. Mas e nos dois anos seguintes?
– Em 2027, em princípio o presidente seria Tubias Calil, do PL, mas Tony Oliveira, do Podemos, estaria reivindicando o posto. No ano derradeiro, haveria consenso: a presidência seria do MDB e de Rudys Rodrigues.
– Ok, ok, ok. Mas uma das fontes das antigas murmura ao colunista: “tudo pactuado, mas tu sabe que ‘certo, certo mesmo’ apenas o primeiro ano. Depois a ‘carnificina’ pega”.
– Ah, pra fechar a falação dos corredores, já na saída, o escriba é puxado pelo braço. E ouve direto no ouvido: “pode escrever aí, o único CC dos graúdos a ser mantido da atual Mesa, com certeza, é o do procurador Lucas Saccol”. Mmmm....
Como diria certo político de ascendência italiana, esses tais corredores parlam, parlam, parlam...