Foto: Tales Trindade (Diário)
Depois de que foi aventada a possibilidade de a festa da Calourada sair do Largo da Gare, em entrevista dada pelo secretário de Segurança, Getúlio Vargas, e da experiência das três noites de festa nesta semana, questionei o prefeito Rodrigo Decimo (PSDB) sobre qual a opinião dele sobre a festa.
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Perguntado se pretende fazer uma festa nos moldes desta última, com uma noite exclusiva para calouros, ou uma Calourada livre para todos, ou com todos os dias restritos aos universitários, Decimo disse que isso terá de ser avaliado. Porém, ele ressaltou que, no que depender dele, a Calourada seguirá na Gare.
– A Calourada é um evento estudantil, o maior da região e um dos maiores do Estado. A cada edição, avaliamos o que deu certo e o que podemos melhorar e avançar. É o que estamos fazendo neste momento. Conseguimos identificar que a primeira noite, pela primeira vez dedicada somente aos universitários, foi um sucesso. As outras duas, tiveram algumas adversidades. Quanto ao formato e tamanho, conversaremos diretamente com as demais organizadoras, UFSM e Lism, para definir estes pontos. Neste momento, a Gare ainda é o lugar mais adequado para a realização da Calourada, pois conseguimos garantir segurança e mobilidade ao evento – afirmou Decimo.
Assim como ocorreu em 2024, quando estudantes da UFSM foram ouvidos para opinar sobre como deveria ser a Calourada em março de 2025, o reitor Luciano Schuch afirmou na sexta (14) que a universidade fará nova enquete para avaliar a festa desta semana e projetar a próxima recepção aos bixos da Federal. Segundo ele, a decisão de fazer o primeiro dia da Calourada exclusivamente para universitários partiu de sugestão apontada na enquete feita na internet.
Questionado sobre qual a opinião dele sobre a festa desta semana, com um dia só para os calouros, e dois dias para o público em geral, Schuch preferiu não opinar se a ideia é repetir esse mesmo formato, ou fazer todos os dias só para bixos, ou realizar todas as noites para o público em geral. Alegou que a festa melhora a cada ano.
Opiniao do colunista
O ideal seria que qualquer festa promovida pelo poder público fosse aberta à toda a população, mas as experiências nas últimas Calouradas revelam que, quando o acesso é liberado, ocorrem brigas. Neste ano, no 1º dia, quando era só para alunos, foi a noite mais segura. Na 2ª e 3ª noites, teve briga, tumulto e até furto de celular.
Diante disso, parece adequado restringir a Calourada para universitários, pois o foco da festa é justamente receber bem os bixos. Para isso, seria preciso manter o investimento em segurança e em banheiros. Mas poderia haver adaptações, como menos investimento em bandas, que elevam o custo final – talvez com mais DJs. Afinal, nas festas da Saturnino de Brito, havia apenas música e bebida. Dessa forma, a Calourada poderia ser mais barata.
Em compensação, a prefeitura deveria promover um grande evento para a população em geral. Poderia ser até na mesma semana e mesmo local, para aproveitar a estrutura já montada, em que fosse oferecida uma atração que agradasse à maioria do povo. Ou realizar um grande show para a população na semana de aniversário da cidade.
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