Foto Beto Albert
O Rio Grande do Sul escolhia seu novo governador, em outubro de 2022, quando o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) contratou a empresa paranaense Engemin para fazer os estudos e entregar os projetos de engenharia para a futura obra de duplicação da Faixa Nova de Camobi. Na época, com custo de R$ 1,548 milhão, a empresa teria 12 meses para concluir os trabalhos. Agora, com um ano de atraso, os projetos ainda não estão concluídos. Questionado novamente pela coluna, o Daer informou “que continua a expectativa de conclusão do projeto ainda este ano”.
A autarquia disse que “já comunicou à empresa que não haverá prorrogação de prazo e que, caso não cumpra, será multada. A expectativa é concluir o projeto para em seguida licitar a obra.” Ou seja, pretende abrir a licitação para contratar a empresa que duplicará os 9 km da rodovia, do Trevo da Rodoviária ao Trevo do Aeroporto, em 2025. Porém, diante de tantos atrasos, é difícil acreditar que a obra vai mesmo sair do papel a partir do ano que vem. Até porque será preciso ainda conseguir verbas para a obra, que pode custar de R$ 90 milhões a R$ 180 milhões. Caberá ao prefeito eleito no domingo, aos vereadores e entidades pressionarem o governo do Estado para que a duplicação não fique só na promessa.
Relembrando
Como os projetos da duplicação não ficaram prontos em outubro de 2023, como prometido, o Daer prorrogou o prazo para a Engemin até o fim de dezembro daquele ano. Depois, novos adiamentos, para abril de 2024 e, depois, junho. Em 5 de julho deste ano, o diretor-geral do Daer, Luciano Faustino, afirmou à coluna o seguinte:
– Estamos em reuniões com a empresa e veremos a necessidade de mais uma prorrogação de prazo, mas queremos ter esses projetos prontos ainda este ano.
Nunca ficou totalmente claro o motivo de tantos atrasos. A Engemin alegou, em 2023, que os estudos eram complexos.
Em 2023, Daer prometeu que licitação para duplicar a Faixa Nova sairia em 2024