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Com a inflação oficial do Brasil voltando à casa dos dois dígitos, com alta de 11,3% no acumulado dos últimos 12 meses (a última vez tinha sido em 2015, com 10,67%), crescem as preocupações com os reflexos para o bolso das famílias e também aos custos das empresas. Muito se fala que, até nos Estados Unidos, a inflação está muito elevada, na casa dos 8,5%, por fatores como a guerra na Ucrânia, entre outros.
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Mas qual é a realidade das maiores economias mundiais? Entre os países do G20 e maiores PIBs do mundo, o Brasil tem atualmente o 4º maior índice de inflação. Perde apenas para Turquia (61%), Argentina (55%) e Rússia (16%), mas, com seus 11,3% do IPCA, está pior do que países emergentes, como Índia (6,9%) e África do Sul (5,9%). Por outro lado, o Brasil tem uma situação mais confortável do que países como Venezuela (284%) e Sudão (260%).
Preços controlados pesam
O professor de economia da Universidade Franciscana (UFN), Mateus Frozza, faz uma análise dos motivos que levam a inflação brasileira estar tão elevada.
- A inflação no Brasil podemos dizer que está concertada em torno de 70% sobre tutela do governo, sobre os chamados preços administrados (controlados através de agências reguladoras), este modelo é vigente desde a década de 90. O governo que concede reajuste ao combustíveis e gás (ANP), medicamentos (Anvisa), energia (Aneel), comunicação (Anatel), chamado núcleo "duro da inflação". Os outros 30% estão na alimentação, habitação, transporte e artigo de residência. Este pode ser um dos motivos que a inflação tanto sobe em relação aos outros países, o modelo que adotamos pode ser defasado e precisa ser rediscutido - afirma Frozza.
O economista comenta que existe preocupação com os reflexos da inflação na economia:
- O risco é que empobrecemos cada vez mais, aumento de custos nas empresas, pressiona demissões e essa demissões, em muitos casos, levam ao trabalho informal ou a falsa sensação de criar empregos através de CNPJ, como a coluna noticiou nesta quinta-feira (criação de microempreendedores individuais MEIs).
Ao menos, existe uma expectativa de que a inflação comece a retrair a partir de julho e feche 2022 na casa de 7,65%. Essa é a projeção do Boletim Focus, do Banco Central, a partir de opiniões de analistas do mercado.
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