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Em uma propriedade que tem mais de dois séculos de tradição com a família Rodrigues da Cunha, perto da Faixa de Rosário, no interior de São Gabriel, surgiu uma marca que está ganhando destaque nacional, por meio de muito trabalho e das ideias de uma de suas fundadoras, a economista Maria Cristina Rodrigues da Cunha. Em maio, o principal crítico gastronômico do Brasil e colunista do jornal Folha de S.Paulo, Josimar Melo, degustou e falou em sua coluna sobre o chocolate com nozes e azeite de oliva extravirgem da marca Casa Gabriel Rodrigues, fundada por Maria Cristina. Melo escreveu: "Do Rio Grande do Sul, o Casa Gabriel Rodrigues é o mais convencional, tem mais adocicado, e a crocância de nozes-pecã".
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Maria Cristina conta que foi dela a ideia de fazer o chocolate, e que essa e várias ideias de produtos surgiram depois que ela fez um curso para produção de azeite de oliva na Espanha. O chocolate com nozes e azeite produzido na propriedade da família tem a produção terceirizada, ficando a cargo da Tiaraju Chocolates, de São Gabriel. Maria Cristina e o marido, o engenheiro civil gabrielense Marco Aurélio Costa Rodrigues da Cunha, 67 anos, vivem em Porto Alegre e herdaram a fazenda em 1973, no interior de São Gabriel - fica a 88 km de Santa Maria, pela Faixa de Rosário, mais 10 km de estrada de chão. No início, eles mantiveram a tradição de produção de gado e arroz. Nos anos 2000, começaram a plantar soja e florestas para madeira. Em 2010, os primeiros olivais, em uma tentativa de diversificar as fontes de renda. Surgiu aí a paixão pelas oliveiras.
- Plantamos as primeiras mudas, e elas acabaram morrendo. Decidi fazer um curso na Espanha e me especializar na área. Só então, descobrimos que a área do olival era muito úmida e, por isso, as árvores morriam. Agora, já estamos na sétima área de olivais, com 50 hectares e 14 mil árvores plantadas - conta Maria Cristina.
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A Casa Gabriel Rodrigues, que tem esse nome em homenagem ao antepassado que comprou a fazenda, há dois séculos, lançou seu primeiro azeite extravirgem em 2019, que já é vendido em cidades gaúchas e em Estados como Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais e Brasília. A venda é feita para lojas e para clientes, por meio das redes sociais e do site. Depois, vieram produtos como o chocolate, chá da folha da oliveira, linha de estética com azeite de oliva (na foto ao lado, o sabonete, o sabonete scrub e a vela corporal hidratante da Linea Pietra, em homenagem à neta do casal), mel e lascas de oliveira para defumação de churrasco.
PARA 2022, PREVISÃO DE CONSTRUIR FÁBRICA
Atualmente, a produção do azeite também é terceirizada. No ano que vem, será construída uma fábrica na própria fazenda, que deve entrar em operação para a safra de 2023, quando a produtividade dos olivais deve crescer bastante. Maria Cristina diz que preza muito pela qualidade e que o azeite extravirgem da marca é feito só com azeitonas verdes, para ter um produto melhor. Com isso, a qualidade é muito superior que os azeites vendidos em supermercados, que muitas vezes são de safras anteriores ou misturados, perdendo as propriedades.
- Azeite, quanto mais novo melhor. Quem compra o nosso azeite, sempre volta para comprar. Quem prova azeite gaúcho vê que não tem nada a ver com os de prateleira do supermercado - conta a empresária, que diz que o investimento nas oliveiras é um legado para a família.
Segundo Maria Cristina, em Santa Maria, o restaurante Viccino usa o azeite de oliva, o chocolate e o mel da Casa Gabriel Rodrigues e também vende os produtos ao consumidor.