Entre as obras de melhorias para abastecimento de Santa Maria, a Corsan vai construir uma nova adutora para permitir que 100% da cidade seja abastecida pela água da barragem de Val de Serra. Atualmente, 75% do volume vem de lá, e 25%, da barragem do DNOS. Anos atrás, 40% da água de Santa Maria vinha do DNOS, mas isso foi reduzido a 25% por conta da construção da mais recente adutora.
Segundo o superintendente regional da Corsan em Santa Maria, José Epstein, a obra estava orçada em R$ 55 milhões, mas talvez o custo chegue a R$ 70 milhões devido aos aumentos expressivos de preços durante a pandemia.
- Os recursos já estão garantidos. Ao longo de 2022 e 2023, será lançada a licitação e serão feitas as obras.
A nova adutora vai prover uma maior garantia no abastecimento de água para a cidade, já que a barragem de Val de Serra, chamada Rodolfo Costa e Silva, tem capacidade de 28 milhões de metros cúbicos (o suficiente para abastecer Santa Maria por quase um ano mesmo se não chovesse durante todo esse tempo). Além disso, ao permitir que 100% do abastecimento da cidade seja captado de Val de Serra, será possível economizar água do DNOS e liberar mais água para o Rio Vacacaí-Mirim, que passa por Camobi e Arroio Grande em direção a Restinga Seca. Isso permitirá que, a partir de 2023, os agricultores tenham mais água para irrigação de lavouras, além de garantir o nível do rio para a fauna e a flora em períodos de forte estiagem.
- Quando a barragem foi construída pelo DNOS, nos anos 70, o objetivo era o abastecimento da cidade e para manter o nível do Vacacaí-Mirim. Mas hoje, com a seca, a barragem está baixa e não abastece o rio.