
Foto: Deni Zolin
É inegável a importância dos recicladores de resíduos, que batalham diariamente para sobreviver catando, carregando, separando (o que dá um trabalhão) e vendendo os restos de embalagens rejeitados pela sociedade. Porém, cenas como essa, da recicladora Claudia Barbosa da Silva, 48 anos, cortam o coração. Não vou parar de dizer isso enquanto essa realidade não mudar, pois é inaceitável que um ser humano tenha de puxar uma carroça pesada nos dias de hoje, durante 30 dias no mês, para ganhar bem menos do que um salário mínimo.
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Em Santa Maria, a prefeitura contratou a Asmar, que é a associação mais bem organizada e que vem recebendo apoio do município para a coleta seletiva porta a porta. Melhorou um pouco a situação das famílias da Asmar, mas o problema de centenas de outras famílias de catadores continua existindo e se agravando, devido à redução de material reciclável e também do preço pago.
A proposta de concessão do serviço de coleta e destinação de lixo em Santa Maria e outras 32 cidades é uma esperança de melhora, pois, se a proposta sair mesmo do papel a partir de 2027, a empresa vencedora terá de construir pavilhões adequados para os recicladores só receberem e separarem os materiais para venda. Se vai dar certo, não se sabe, mas é uma luz no final do túnel para tenter pôr fim a essa chaga da sociedade, de homens e mulheres que vivem puxando carrinhos pesados, como se estivéssemos vivendo dois séculos atrás.
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