Foto: Divulgação
Conforme a coluna havia trazido em primeira mão na última segunda-feira (28), foi apresentado, no Museu Gama D’Eça, na Rua do Acampamento, o fóssil de uma nova espécie que foi achada no interior de Santa Maria e, recentemente, identificada. Confira nas fotos o fóssil e e uma representação de como seria o animal, que media cerca de um palmo. O achado ficará exposto ao público até dezembro.
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A descoberta foi feita em 2017, à beira de uma estrada de chão perto do Autódromo de Santa Maria pelo professor Leopoldo Witeck Neto, do Colégio Politécnico da UFSM, que é colaborador do Laboratório de Estratigrafia e Paleobiologia (CCNE/UFSM).
Na pesquisa feita como parte da tese de doutorado de Eduardo Silva Neves, principal autor do artigo, publicado no periódico Journal of Systematic Paleontology, foi descoberto que se trata de um pequeno pararéptil que viveu entre 230 milhões a 235 milhões de anos. Ele foi batizado de Cornualbus primus e recebeu este nome por ser o primeiro procolofonóide do Membro Passo das Tropas, que são arenitos da Formação Santa Maria, e por suas projeções no crânio, que lembram cornos.
Pararépteis não são dinossauros, mas aqui na região, eles viveram tanto antes quanto depois do surgimento dos dinossauros, segundo os pesquisadores. Eles fazem parte de uma linhagem evolutiva em paralelo com os répteis, tanto os extintos (como dinossauros e pterossauros), quanto os atuais (como tartarugas e crocodilos).
Outros pararépteis foram achados na região, como em Dilermando de Aguiar, São Vicente do Sul, São Francisco de Assis, Paraíso do Sul, Faxinal do Soturno e Candelária. Mas este é o primeiro encontrado com essa idade. Os coautores da pesquisa são Átila Augusto Stock da Rosa (orientador, UFSM), Sean Modesto (Universidade Cape Breton, Canadá) e Sérgio Dias da Silva (coorientador, UFSM).