Depois de denúncias de uma dezena de mulheres sobre suposto assédio sexual publicadas pelo portal Metrópole, na última quinta-feira (5), ficou insustável a permanência do ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida. E o presidente Lula o demitiu na noite de sexta-feira (6).
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Mesmo com uma investigação pela frente aberta imediatamente pela Polícia Federal e pela Comissão de Ética Pública da Presidência da República para apurar os fatos, o governo Lula ficou sem saída, já que os direitos humanos são uma das bandeiras da gestão petista e, por tabela, envolveu o titular do ministério. “O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual”, informou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência em nota, na sexta-feira.
Além disso, segundo a reportagem, uma das mulheres que teria sido vítima seria colega de pasta de Silvio Almeida, no caso a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Já Almeida nega as acusações e diz que vai provar sua inocência.
Substituta já foi anunciada
O presidente Lula anunciou que vai nomear a deputada estadual mineira Macaé Evaristo (PT) para o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. Ex-secretária de Educação de Minas Gerais, ela esteve no Palácio do Planalto nesta segunda-feira (9) e a nomeação seria publicada em edição extra do Diário Oficial da União, ainda na segunda-feira, conforme informou a Agência Brasil.
“Hoje convidei a deputada estadual Macaé Evaristo para assumir o ministério dos Direitos Humanos e Cidadania. Ela aceitou. Seja bem-vinda e um ótimo trabalho”, afirmou Lula, em postagem nas redes sociais.