Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom (Agência Brasil)
O presidente Lula desfilou, na quinta-feira, ao lado da primeira-dama Janja, antes de viajar para a Índia
Ao lado da primeira-dama Janja, o presidente Lula (PT) desfilou, ontem, em comemoração ao Dia da Independência a bordo de Rolls-Royce presidencial até a tribuna de honra montada. Depois, ele embarcou para a Índia, onde participa da 18ª edição da Cúpula de Chefes de Estado do G20, bloco que reúne representantes de 19 países e da União Europeia e respondem por 80% da economia global.
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Ontem, o repórter de GZH Matheus Schuch deu a informação que Lula não veio ao Rio Grande do Sul ver de perto o caos que se instalou no Vale do Taquari porque não tinha dimensão da tragédia, conforme assessores próximos. Depois, com o diagnóstico da catástrofe, seria pouco tempo para organizar a viagem, que tem protocolos e esquema de segurança. Enfim, manteve a agenda na Capital Federal e enviou para representá-lo os ministros da Secretaria de Comunicação, o santa-mariense Paulo Pimenta (PT), e o ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Goes.
Que erro de avaliação! O presidente até ligou para o governador Eduardo Leite (PSDB), mas um gestor público é medido por suas atitudes. Lula deveria ter vindo, sim, ao Rio Grande do Sul, mas ainda está em tempo, pois a reconstrução será demorada e precisará de muito recurso federal.
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É importante um chefe de Estado manter relações internacionais, com certeza, mas o presidente, que viajou para 16 países em oito meses, precisa olhar mais para os problemas de seu país, ainda mais em um momento em que a população está tão machucada por tamanha catástrofe. Era possível organizar uma viagem de emergência diante da estrutura e do aparato que um chefe do Brasil tem à disposição. Foi lamentável, os habitantes do Vale do Taquari mereciam mais consideração do presidente de todos os brasileiros.
Assim como o vice-governador, Gabriel Souza (MDB), e o secretário de Assistência Social, Beto Fantinel (MDB), não deveriam viajar ao Marrocos para o reconhecimento dos Geoparques Quarta Colônia e Caçapava do Sul. A presença de ambos no Vale do Taquari era mais necessária.