Projeto de flexibilização da Ficha Limpa pode beneficiar Bolsonaro

Um projeto de flexibilização da Ficha Limpa faz eco na Câmara dos Deputados e repercute fora dela. Isso porque a proposta, de autoria do gaúcho Bibo Nunes (PL), é sob medida para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), abrindo caminho para ele concorrer em 2026, uma vez que reduz o tempo de inelegibilidade de oito para dois anos. Bibo, entretanto, nega essa intenção.


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O capitão está inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o condenou por abuso de poder político e econômico nas comemorações do Bicentenário da Independência, no dia 7 de setembro de 2022, em Brasília e no Rio de Janeiro. E também pelo uso indevido dos meios de comunicação durante reunião realizada no Palácio da Alvorada com embaixadores estrangeiros. A inelegibilidade de oito anos de Bolsonaro começou a contar das eleições de 2022.

 
Ao portal Congresso em Foco, Bibo disse que conversou com Bolsonaro sobre o projeto: “Ele gostou da proposta, não tem como não gostar. Todos os partidos e políticos vão gostar porque oito anos é um absurdo. Político corrupto se pune com o processo por improbidade administrativa, com o Código Penal e com a Justiça comum. E não deixando-o inelegível por mais ou menos tempo. Dois anos são mais do que suficientes”. “A mudança não é casuística, é para fazer justiça. Beneficia a todos, da esquerda à direita”, argumentou o deputado.

 
Por interessar a muitos políticos de diferentes campos ideológicos, especialmente o bloco do Centrão, que tem muita força na Câmara, o projeto tem chances de ser aprovado, apesar de ser um retrocesso quanto à impunidade barrada pela Lei na Ficha Limpa, que surgiu de uma iniciativa popular.

 
A proposta de Bibo, inclusive, foi bem recebida pelo novo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), que considera oito anos muito tempo de inelegibilidade para um político.

 
Como reação ao projeto, o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), responsável pela Lei da Ficha Limpa, marcou uma reunião para o próximo 13, em Brasília, com objetivo de traçar ações com o apoio da população.


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