Nossos heróis
Quando somos pequenos, lá estão eles, desempenhando um papel de super-heróis, nos defendendo de tudo e de todos e, fazendo grandes feitos em nossas vidas. Na imaginação da minha criança que um dia fui, meus pais sempre estavam prontos para promoverem para nós tudo o que estava ao alcance deles da melhor forma possível e, assim, eles fizeram. Na pequenez da minha criança, eles eram gigantes tanto de tamanho como de potência em tudo o quanto se dispunham a realizar.
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O encantamento que sempre tive dos meus pais estava relacionado a referência que eles sempre foram para nós, suas filhas. Referências essas, que foram importantes naquele espaço de tempo da vida, então sim, eles foram nossos super-heróis, porque não vestiam capas, mas cobriam-nos com seus mantos de amor, ensinamentos e zelo.
Querendo ser igual a eles
A liberdade que se tem, para educar um filho, é imensa. Sendo assim, tudo o que nossos pais fazem ou ensinam para nós, é lei, porque temos a eles como nossos eixos condutores de proteção, afeto e segurança. Na maioria das vezes, o primeiro e principal ideal de admiração pessoal e profissional, são eles e, portanto, acabamos querendo seguir o que eles escolheram para suas vidas. O amor que liberta e impulsiona ações genuínas promove em nós a liberdade para seguirmos nossos próprios caminhos. As palavras “benditas” nas diferentes fases das nossas vidas, projetam este futuro adulto capaz e responsável por suas próprias ações e tomadas de decisões.
A fase da rebeldia
Posso dizer, que esta fase acompanha o desenvolvimento de alguns e, para outros não. Mesmo entre irmãos, pode-se perceber os mais diversos tipos de comportamentos. Creio, que por ser a irmã mais nova, fui aprendendo e prestando atenção nos modos de operar e acatar a educação de nossos pais, colocando na balança o que funcionava com elas e o que destoava ao agrado deles e, assim, fui evitando muitos conflitos baseada em fatos reais.
Porém, hoje percebo, que muitas das tidas “rebeldias” por parte de todos nós, poderia ter sido melhor controlada, caso tivéssemos tido a compreensão sobre o que nos levava a tais comportamentos, a partir do diálogo e do conhecimento de si diante das tantas transformações hormonais pelas quais passamos. Então, se você foi rebelde, consegue hoje, compreender o que o levou a agir assim? Ressignificou tais comportamentos?
Eles tinham razão
Estar aqui, hoje, escrevendo esta carta aberta, me leva a agradecer e compreender a cada dia, que eles tinham razão diante daquilo que se propuseram a realizar enquanto família e, sim, em parte, deu certo. Reafirmo algumas tantas palavras e ações que reverberaram em mim uma busca pelo meu melhor em cada ensinamento que tive deles.
Hoje, sou o que sou, graças a tudo o que recebi e aprendi, o que me leva a ter uma constante gratidão que busco enaltecer nos meus modos de ser e estar neste mundo, tentando aprimorar aspectos que nem sempre percebemos que podemos evoluir, e que bênção, consigo reconhecer em vida, com a presença dos meus pais junto a mim.
E você? Caso ainda tenha a oportunidade de expressar de alguma forma o quão grato você é pelos seus pais, faça isso do jeitinho que lhe couber em seu coração e em suas ações. Sempre é tempo de curar nossas feridas quando percebemos que a vida é este espaço e tempo para exercitarmos a gratidão, a compreensão e o perdão, honrando nossas histórias de vida e todos aqueles, do nosso antepassado, que de alguma forma, contribuíram para a nossa existência.
Afirme e reafirme a cada instante, que você é uno com Deus e que pode fazer da sua história de vida, uma carta aberta para honrar os seus pais como gratidão por você existir!!!! Obrigada Pai, Senhor Mario Minello e obrigada Mãe, Dona Rene Maria Lovatto Minello por tudo o que sou e por tudo o que ainda serei. Eu honro a educação que recebi e ainda recebo de vocês.
Escreva uma carta para seus pais. Mesmo que eles já não possam mais ler, eles ainda sentem de alguma forma!