marcelo martins

Governo do Estado reconhece que o modelo de bandeiras faliu

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Para retomar as aulas presenciais, o governo do Estado lançou mão de uma tática arriscada: rasgar, sepultar o modelo de distanciamento controlado do Executivo gaúcho. Desta forma, o governador Eduardo Leite (PSDB) decidiu extinguir a chamada salvaguarda e, assim, fazer com que todo o Rio Grande do Sul saia da condição da bandeira preta para a vermelha.

Após criar uma colcha de retalhos no modelo, criado pela gestão tucana e elogiado nacionalmente, Leite quer colocar em prática um entendimento muito bem claro: o de retomar as aulas presenciais. Acontece que, ano passado, quando o contexto era outro - o de bandeira vermelha -, o Piratini não optou pela volta às aulas. E como justificar ser plausível e aceitável que, agora, o retorno seja possível? Complicado de entender que haja lógica e nexo nesse modelo de distanciamento controlado que, passado um ano e que teve um êxito inicial, hoje se mostra questionável e, principalmente, desprovido de credibilidade.

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Com tudo que isso que vem sendo colocado pelo próprio governo do Estado, fica difícil ver coerência. Passado um ano, desde a eclosão da pandemia, o mínimo que se podia esperar do Executivo gaúcho seria um planejamento, o que não ocorreu. Houve tempo mais que necessário para que se organizasse a volta às atividades educacionais.

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Todos os profissionais dos setores público e privado retonaram - sendo que muitos, aliás, nunca pararam -, e todos são sabedores do óbvio: não haverá vacina para a cobertura de 100% da população. Não, claro, neste momento. Ainda assim, não se pode admitir que alguma classe ou categoria se escondam da retomada e da continuidade das suas atividades. Enquanto as sinetas do lobby sindical seguirem tocando, cabe à sociedade de forma organizada, cobrar para que, em consonância com a retomada da economia e o desenvolvimento educacional de crianças e jovens, o Rio Grande do Sul possa, novamente, trilhar um caminho de crescimento.

ALIÁS...

É importante reconhecer o esforço, até aqui, do governador Eduardo Leite, que sempre manifestou interesse e desejo de vacinar os professores. Prova disso é que ele já buscou o Supremo Tribunal Federal (STF) - ora interventor, ora leniente - para viabilizar isso e tem buscado a segurança e o respaldo jurídico para que essa situação ocorra. Leite tem pleiteado junto ao ministro Ricardo Lewandowski destravar, por exemplo, uma ação parada na suprema corte que trata de colocar como prioritária a vacinação dos professores.

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