
Foto: Fifa (Divulgação)

Apesar de não possuir equipes se destacando no cenário nacional, o futebol de Santa Maria segue bem representado no país quando se trata de arbitragem. Um dos principais nomes relacionados a cidade é Maíra Mastella Moreira, que integra o quadro Fifa e participou da final da Copa do Mundo Feminina Sub-17, neste mês. A assistente de arbitragem foi entrevistada no programa Papo D Esporte de quinta-feira (14) e contou sobre as conquistas do ano de 2024, além de esclarecer dúvidas sobre o cenário da profissão no Brasil.
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Experiência inédita
Em janeiro deste ano, Maíra, que é natural de Cruz Alta, foi promovida ao quadro Fifa de árbitros, tendo a primeira experiência em competições no Sul-Americano Feminino Sub-20, disputado no Equador, entre abril e maio. Posteriormente, foi convocada para compor o trio brasileiro que participou da Copa do Mundo Feminina Sub-17, que ocorreu na República Dominicana, entre os dias 16 de outubro e 3 de novembro.
Durante a conversa, a assistente elogiou o nível técnico das equipes, assim como a organização do torneio. Além disso, reforçou a parceria criada com as outras duas árbitras brasileiras, a sul-matogrossense Daiane Muniz e da mineira Fernanda Antunes, que também estiveram com ela na final do Campeonato Brasileiro Feminino, em setembro.

Muito adepta de planejar as próximas etapas do futuro, Maíra não quis revelar os objetivos que busca traçar. Contudo, disse que segue sonhando alto e que foi estimulada no mundial a se preparar para as futuras oportunidades.
– Nós sempre estamos pensando na próxima fase, somos muito estimulados a isso. Agora, no mundial sub-17 feminino, eles deixaram bem claro que seria uma preparação para a Copa do Mundo Feminina 2027 que irá ocorrer no Brasil. Mas ninguém está garantido, nós estávamos recebendo a oportunidade de estar ali e agora está nas nossas mãos. Eles pediam o tempo todo para nos preparamos para a próxima fase – contou.
Virada de chave
Aos 31 anos, Maíra vive em Santa Maria há 14. Na cidade, possui uma assessoria esportiva e estudou Educação Física na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), ambiente que a estimulou a conhecer mais sobre a arbitragem em função de um artigo que teve de publicar. Desde 2014 atuando em jogos profissionais, ela destaca que a profissão foi importante na mudança do rumo de sua vida.
– Eu virei uma chave no momento que ingressei na arbitragem no sentido de ter disciplina, descobrir uma nova Maíra. Eu era uma adolescente, gostava de festa, de agito, estudava um pouco… E aí na arbitragem eu tive que me desenvolver de diversas formas, foi uma virada de chave bem grande – lembrou.
Em 2017, estreou no Campeonato Gaúcho e teve a chance de participar de jogos da dupla Gre-Nal. No mesmo ano, ingressou no quadro da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e passou a ser relacionada para partidas de nível nacional, tanto na modalidade masculina quanto na feminina.
Personagem discreto
Existe uma máxima no futebol de que uma boa arbitragem é aquela que não é lembrada durante o jogo. A cruzaltense descreve a ideia como uma “peculiaridade” da profissão, mas que faz sentido, visto que o protagonismo da partida tem de ser das equipes.
– A arbitragem vai ser elogiada se o jogo seguir sem grandes intercorrências. E é o que a gente busca, fazer o nosso trabalho, trazer justiça para o futebol… Isso é gratificante para nós. O holofote não é muito para o árbitro, é algo que não combina muito com a função – disse, Maíra Mastella Moreira.
Além das conquistas profissionais, a assistente de arbitragem tem outros motivos para comemorar o ano de 2024. Em setembro, ela e a esposa, Natalia, anunciaram que estão esperando o primeiro filho. Em uma postagem nas redes sociais, foi informado que o nome da criança será Benício.
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