Quem é Vitor Júnior? Conheça o novo reforço do Inter-SM para a Divisão de Acesso

Quem é Vitor Júnior? Conheça o novo reforço do Inter-SM para a Divisão de Acesso

Foto: Beto Albert

Vitor Junior esteve no Papo D Esporte (CDN 93.5 FM)

Vitor Júnior, meio-campo de 38 anos, foi apresentado oficialmente na manhã desta quinta-feira (13) no Inter-SM. Conhecido por ter marcado um dos gols que eliminaram o Alvirrubro da Divisão de Acesso do ano passado, o jogador chega à Baixada para vestir a camisa 10.

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Em entrevista ao programa Papo D Esporte (CDN 93.5 FM), com apresentação de Pedro Pavan, Vitor Júnior contou um pouco mais sobre as suas experiências e suas expectativas para a Divisão de Acesso, que começa em maio. No estúdio, o meia contou com a companhia de seu filho Lucca, de 4 anos, e Chiquinho, gerente de futebol do Inter-SM.

– Tenho certeza que ele vai ter muito sucesso aqui conosco nessa temporada. Juntamente com todo elenco, comissão e direção vamos conseguir alcançar nosso objetivo – afirmou Chiquinho.

Vitor Júnior chega ao Inter-SM para jogar pelo 29º clube de sua carreira. Natural de Porto Alegre, iniciou sua caminhada pelos gramados logo aos 6 anos de idade, nas categorias de base do Inter, onde ficou até os 17. Começou sua carreira profissional no Cruzeiro e logo cedo foi viajar o mundo com seu futebol, em países como Japão, Tailândia, Arábia Saudita e Croácia, onde conquistou um título nacional com o Dínamo Zagreb, em 2006. 

No Brasil, representou clubes de grande expressão, como Corinthians, Santos, Botafogo, Sport e Coritiba. Por Inter, Atlético-GO e Figueirense, se sagrou campeão estadual.

No ano passado, alcançou o acesso como jogador do Pelotas, assim como fez o novo técnico do Inter-SM, Bruno Coutinho, com o Monsoon. Em 2025, Vitor Júnior representou o Avenida em duas oportunidades no Gauchão, contra Caxias e Monsoon. O meia sofreu uma lesão na panturrilha, da qual já está recuperado. 


Confira alguns trechos da entrevista:

Sobre vestir a camisa do Inter-SM

– É gratificante poder representar um clube do tamanho do Inter-SM. A cidade respira futebol e, em um certo momento da carreira, a gente busca essa paixão pelo esporte. Estou muito feliz e esperançoso para que a gente possa conquistar nossos objetivos.

Sobre a relação com o técnico Bruno Coutinho

– “Vem de muito tempo. Pouca gente sabe, mas jogamos juntos na categoria de base do Inter quando tínhamos dez anos de idade. É um cara sensacional, muito direto e que tem pensamentos muito legais nessa nova etapa da carreira, como treinador. É um cara que já está provando a sua capacidade. Tenho certeza que ele vai montar um bom elenco, juntamente com a diretoria. Se Deus quiser, vamos fazer essa dobradinha [em relação a ambos repetirem o acesso à Série A do Gauchão] e levar o Inter-SM para o lugar que deve sempre ficar, que é a primeira divisão.

Sobre o início no Inter de Porto Alegre

– Eu tinha muita moral, por ser um menino que se destacava na questão do drible. Só que a gente sabe que, no futebol gaúcho, a força prevalece muito. Como eu sou de estatura baixa e era franzino, fiz tratamento com endocrinologista. Mas, no final, não tive sequência. 

Sobre a passagem pelo Corinthians de Tite e o convívio com ídolos

– Era aquele ano de 2012, em que o Corinthians ganhou Libertadores e Mundial. Comecei jogando no Paulistão, entrava sempre nos jogos. Mas tive alguns problemas extracampo, por causa da idade e fui punido por trair a confiança do Tite. Ele apostava muito em mim, mesmo com todos os nomes que tinham no elenco do meio pra frente: Douglas, Danilo, Alex, Willian Bigode, Adriano Imperador, Jorge Henrique. Um pouco antes de acabar o Campeonato Paulista, em uma das folgas, acabei saindo “na noite” com o Adriano, até na época teve uma repercussão muito grande. O Tite ficou chateado e com direito. Só que, por outro lado, eu tinha 24 anos, estava vivendo algo que nunca tinha vivido, podendo jogar com meus ídolos. Acredito que poderiam ter contornado a situação, ter dado uma punição, mas depois não tive outra chance. Em time grande é assim; um erro e você volta pro final da fila.

Sobre se adaptar à diferentes cidades e países e a relação com a família

– Para o lado profissional foi muito bom, na questão de maturidade. Minha primeira ida para fora, para a Croácia, eu tinha 18 pra 19 anos. E ela me ajudou muito pra minha segunda saída, que foi para o Japão, onde fiquei três anos. Minha adaptação sempre foi muito boa, por onde passei. Na minha ida para a Tailândia, em 2015, eu já estava com minha esposa. Dois anos depois, veio a minha filha do meio, então fui ficando mais tranquilo, porque elas me acompanhavam. Isso é algo que não abro mão: estar sempre junto com eles. De um jeito ou de outro, mesmo quando era solteiro meus pais e meus irmãos estavam comigo. Sempre tive esse acompanhamento, sempre fui muito ligado à família.

Sobre a posição preferida e a camisa 10

– Quando eu comecei a jogar, meu pai sempre me inspirou a ser meia. Antigamente se tinha muito isso dos grandes camisas dez. Acho que isso se perdeu um pouco. Peguei uma fase em que os clubes colocavam esse meia para o lado, então joguei muito como meia-atacante e de extremo. Hoje em dia, não tenho a mesma velocidade de antes e prefiro jogar por dentro. É onde me sinto melhor.

Sobre o que achou da Baixada lotada e da torcida do Inter-SM, quando jogou em Santa Maria pelo Pelotas

– Quando cheguei agora e pude ir ao estádio, veio a lembrança muito clara. Lembro que quando a gente estava chegando foi um negócio que eu senti nos grandes clubes. Aquela paixão do torcedor, de demonstrar que estavam muito confiantes com a equipe. E aquilo me chamou muito a atenção. Por mais que eu seja gaúcho e tenha jogado no Inter de Porto Alegre, nunca tinha jogado de fato um Gauchão ou Divisão de Acesso. A gente fica sem saber como é a paixão do torcedor do interior. E quando eu cheguei na Baixada eu vi a pressão, o jeito que a torcida estava motivada para a festa. Foi muito bacana.

O que a torcida alvirrubra pode esperar do Vitor Junior?

– Não vai faltar entrega em todos os sentidos. Eu assumo essa responsabilidade. A gente vai amadurecendo e começa a olhar para o todo. A cidade e o clube precisam disso. 14 anos é muito tempo para um clube do tamanho do Inter-SM ficar na Divisão de Acesso. Com todo o investimento que o clube está fazendo, acho que tem que ter esse brio, essa vontade a mais para colocar o Inter-SM de volta na primeira divisão, que é de onde não deveria ter saído.


Confira a entrevista completa:


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