Foto: Arquivo Pessoal
Propriedade em Arroio do Só, que cultiva soja. Estão esperando amadurecer a semente da pastagem (azevém) para depois plantar.
Os reflexos das enchentes na Região Central e em outros pontos do Estado ainda são sentidos pela agricultura. Enquanto algumas regiões avançam no plantio de soja, cidades como Santa Maria ainda estão preparando a terra antes de começar a etapa de semeadura, prevista para início de novembro. Em paralelo, o arroz, outra cultura que se desenvolve nessa época, progride com a plantação.
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Em outubro, iniciou a janela de plantio da soja no Estado. Mas no momento, este estágio ainda não chegou na maioria das propriedades da Região Central. Por enquanto, segue a retirada de gado das áreas de pastagens para ser feito o preparo destas áreas para o posterior plantio da soja.
A estimativa inicial de área plantada na Região Central é de 1,063 milhão de hectares, um pouco menos de 1% em comparação a área plantada na safra passada.
Soja em Santa Maria
Entre os agricultores de Santa Maria, a previsão é que o plantio inicie após 2 de novembro. Conforme a técnica da Emater Ascar-RS da Região Central, Isadora Rocha, o motivo seria o solo ainda encharcado.
– Relato unânime é que o solo ainda está muito molhado. Com isso, não estão conseguindo entrar na área. Alguns já fizeram as dessecações das culturas de inverno, mas entrar para plantio só depois do feriado de Finados (2 de novembro) – relata Isadora.
Arroz
Conforme o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), a área já semeada de arroz chega atualmente a 29,97% no Estado. Nesta semana, já foram mais de 284 mil hectares (ha), dos cerca de 948 mil ha previstos pela instituição.
Até o momento, na Região Central, a área plantada corresponde a 9,7 mil ha, ou 7,7% do total previsto. Ela deve avançar até passar 125 mil ha, expectativa de produção do Instituto. A região com o plantio mais avançado é a Fronteira Oeste, onde já foram plantados 155 mil hectares, o que corresponde a 55% dos 281 mil hectares previstos.
Produção safra 2024/2025
Veja os dados da Emater Ascar-RS publicados na última quinta-feira (17).
Trigo
Período de dessecação para uniformizar a maturação dos grãos e antecipar a colheita. Pela chuva recente, propicia a ocorrência de doenças fúngicas. Em enchimento e e maturação dos grãos.
Projeção
- Região Central – Área de 91 mil ha, com produtividade estimada de 2.968 kg/ha.
- Estado – 1,312 milhão ha, em que a produtividade prevista permanece em 3.100 kg/ha
Milho
As lavouras de milho plantadas apresentaram um bom estado das plantas e com bom desenvolvimento. Cerca de 3% estão em florescimento, e o restante passa pelo desenvolvimento vegetativo.
Projeção
- Estado – 748 mil ha, e a produtividade está estimada em 7.116 kg/ha
Feijão 1ª Safra
Ritmo de semeadura afetado. Para melhorar, os produtores aplicam diferentes manejos. Há o aparecimento da presença de mosca branca em algumas lavouras de feijão na região da Quarta Colônia.
Projeção
- Região Central – Produção de 1,1 mil ha
- Estado – 28,896 mil ha, e a produtividade está estimada em 1.786 kg/ha
Arroz
Região Central – 9,7 mil ha já semeados (7,7% do total previsto)
Estado – Avançou 29,97% do total previsto
*Dados do Irga
Brasil
No 1º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), publicado na última terça-feira (15), a perspectiva é positiva. Estima-se que a produção chegará a 322,47 milhões de toneladas, um crescimento de 8,3% ao obtido em 2023/24.
Se estes números se confirmarem, serão 24,62 milhões de toneladas a serem colhidas a mais que no ciclo anterior, estabelecendo um novo recorde na série histórica.
Condições climáticas
Há alguns meses, a indicação meteorológica apontava para uma estiagem pela frente devido o fenômeno El Niña, afetando essa safra no Estado. Conforme as últimas atualizações, os sistemas de monitoramento seguem o alerta, mas de maneira branda. O que seria positivo, indica a técnica da Emater Isadora:
– Tem essa previsão de La Niña. Isso já está confirmado, mas será uma La Niña fraca, de baixa intensidade. Então a princípio não é preocupante, pois os anos que tivemos esse fenômeno de maneira amena, foram de melhor produtividade na agricultura.
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