Recuperação do arquivo da UFSM, atingido pelas fortes chuvas de maio, vira referência no país

Recuperação do arquivo da UFSM, atingido pelas fortes chuvas de maio, vira referência no país

Foto: Beto Albert (Diário)

O processo de recuperação do Arquivo Geral da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), que foi inundado pelas chuvas de abril e maio, tornou-se referência a outras instituições de ensino do Brasil. 


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O trabalho que vem sendo realizado se transformou em um laboratório de técnicas de recuperação de documentos, servindo de exemplo a outros locais que também tiveram seus arquivos atingidos pelas inundações no Rio Grande do Sul.

 
Tanto é assim que o projeto da UFSM ganhou o reconhecimento do Arquivo Nacional, instituição com a qual o Departamento de Arquivo Geral (DAG) da UFSM tem mantido contato permanente desde o dia do alagamento. O prédio onde os arquivos eram guardados ficava no subsolo da Reitoria, no campus de Camobi, local que foi tomado pelas águas.

 
Uma comitiva do Arquivo Nacional esteve na última segunda-feira (19) na UFSM para conferir de perto o trabalho realizado pelo DAG. A comitiva era formada pelo diretor de Gestão de Documentos e Arquivos, Jean Camoleze, pela coordenadora de Preservação do Acervo, Maria Júlia Faissal Cardoso, e pelo coordenador-geral de Desenvolvimento e Análise de Instrumentos de Gestão de Documentos e Arquivos, Djalma Mandu de Brito.

 
Recentemente, o órgão concedeu R$ 1 milhão à UFSM para a aquisição de materiais de consumo, recurso que se soma aos R$ 1,5 milhão que o Ministério da Educação disponibilizou à universidade para a compra de equipamentos que auxiliem na recuperação do arquivo institucional.

 
– O trabalho que foi feito aqui na instituição serviu como guia para que o próprio Arquivo Nacional refizesse algumas das suas orientações, porque nunca se teve na história do Brasil um alagamento nessa escala, com o volume de documentos atingidos em um mesmo espaço de tempo. Nem o próprio Arquivo Nacional tinha material ou subsídios para orientar nessa escala. Então tudo o que a gente tem feito de lá para cá é muito inovador – afirma a diretora do DAG, Débora Flores.


Novo espaço
Na semana passada, o trabalho de recuperação do acervo mudou de local. Saiu do Centro de Convenções e passou a ocupar o Espaço Multiuso.

 
Nesse novo local, foram erguidos pequenos pilares de concreto de cerca de um metro altura, sobre os quais já se encontram dois contêineres com a função de estufa, equipados com aparelhos de ar-condicionado que haviam sido descartados. No mesmo local, está prevista a instalação de outros quatro contêineres que servirão como câmaras frias, para abrigar os documentos em processo de congelamento.

 
Das cerca de 12 mil caixas de documentos afetados pela inundação, cerca de 2 mil já estão secas. As demais permanecem embaladas a vácuo e guardadas em câmaras frias, para evitar a proliferação de mofo e fungos que deformam a tinta e o papel. 


No Espaço Multiuso, foi estruturada uma espécie de “linha de montagem”, com a organização dos diferentes setores em que se distribui o trabalho de recuperação dos documentos. Cerca de 40 pessoas trabalham no projeto.


*Com informações da UFSM.

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