Foto: Beto Albert
Cerca de R$ 25 milhões do orçamento previsto para a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) neste ano foram contingenciados pelo governo federal, pelo menos, até o mês de setembro. Desse total, R$ 18 milhões são referentes ao custeio da instituição – pagamento de contas como luz, água, serviços terceirizados – e R$ 7 milhões na assistência estudantil. Até o momento, não há garantias da liberação dos valores contingenciados, mas, conforme a Reitoria, a verba deve ser liberada nos meses de outubro e dezembro.
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Segundo a Pró-reitoria de Planejamento (Proplan) da UFSM, neste primeiro momento, não deve haver cortes nos serviços básicos, assim como em bolsas ou no Restaurante Universitário. Entretanto, alguns pagamentos a fornecedores irão atrasar.
– Esse contingenciamento vai retardar alguns pagamentos por parte da universidade. Questões envolvendo a organização interna, como as bolsas, não serão afetadas nesse momento. Mas é importante destacar que, se os recursos não forem liberados até outubro, os impactos serão ainda mais significativos, até mesmo com impacto direto em atividades institucionais – explicou o pró-reitor de Planejamento, Rafael Lazzari.
Controle
Neste momento, será necessária a priorização nas despesas urgentes para definir o pagamento de cada uma. Conforme o titular da Proplan, o impacto desse contingenciamento até outubro só não será maior em razão de a equipe econômica da UFSM realizar controle periódico dos recursos para garantia dos pagamentos.
O reitor da UFSM, Luciano Schuch, fala do impacto do contingenciamento e a incerteza acerca do recebimento do valor:
– Não conseguimos mais fazer gestão sem planejamento, sem poder executar e pagar as empresas que prestam serviços à universidade. Isso pode vir a afetar recursos que a gente tem usado para lançar vários editais, que são fundamentais para nós e para a transformação da pesquisa, do ensino e da extensão. Causa insegurança para a instituição.
Vale destacar que os 8,5 milhões de reais destinados à UFSM pelo Ministério da Educação para recuperar os estragos causados pelas enchentes de maio não serão impactados.
O montante de 19,5 milhões, recebidos pelo Programa de Aceleração do Crescimento, que serão utilizados para reformas e construções localizadas em todos os campi da universidade, também não entram no contingenciamento.