Professores municipais de Santa Maria aprovam indicativo de greve em assembleia pública

Professores municipais de Santa Maria aprovam indicativo de greve em assembleia pública

Foto: Rian Lacerda (Diário)

Professores foram até a Praça Saldanha Marinho na manhã desta sexta (13) cobrar o reajuste salarial. Muitos deles criticam o governo atual.

Os professores da rede municipal de Santa Maria aprovaram indicativo de greve para o retorno das aulas após as férias de inverno, marcado para o dia 4 de agosto. A decisão foi tomada nesta sexta-feira (13), em assembleia pública em frente à prefeitura, organizada pelo Sindicato dos Professores Municipais de Santa Maria (Sinprosm).


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Segundo o sindicato, três propostas de encaminhamento para a sequência do movimento foram apresentadas e debatidas: a adoção da “Operação Tartaruga”, com paralisações parciais e pontuais nas escolas; a deflagração imediata de greve; e um indicativo de greve para o dia 4 de agosto, caso a prefeitura não abra negociação sobre o reajuste salarial, conforme determina a legislação federal. Por ampla maioria, a terceira proposta, apresentada pelo Sinprosm, foi aprovada.


Pela manhã, boa parte dos professores da rede municipal paralisou as atividades no município. A Praça Saldanha Marinho foi ponto de concentração para os docentes que, além de cobrar o reajuste salarial, querem alertar à população sobre a falta de estrutura e pessoal das escolas da rede. De acordo com o sindicato, a adesão ao movimento foi massiva: apenas 4 das 86 escolas da Rede Municipal de Ensino não paralisaram suas atividadesA última paralisação da categoria foi em 1° de abril de 2025.

Em entrevista ao Fim de Tarde CDN (93.5 FM), a coordenadora de ​Formação Sindical e Comunicação do Sinprosm, Celma Pietzak, falou sobre as decisões tomadas nesta sexta:

– Nós vamos construir esse movimento ao longo de julho, em plenárias regionalizadas, que cada região de Santa Maria receba uma plenária, para que juntos, possamos construir esse movimento e, antes do recesso escolar, definir se voltaremos ou não em 4 de agosto. 


Foto: Rian Lacerda (Diário)


Horas antes, ao Bom Dia Cidade, a coordenadora de Formação Sindical e Comunicação do Sinprosm reforçou os motivos da mobilização:

— É bem importante, para nós, conseguirmos a esse diálogo com a prefeitura para poder, realmente, conseguir pensar numa negociação de reajuste. Para além disso, a condição de trabalhar nas escolas está muito complexa. Estamos percebendo o adoecimento da rede em função de uma sobrecarga de trabalho. Atualizamos o levantamento da falta de profissionais, e tendo o retorno de 65 escolas da rede, percebemos a falta de 34 professores regentes. Isso é o maior número do que qualquer outro levantamento. Então, isso nos preocupa muito. Não podemos admitir que, em seis meses governo em que as pessoas envolvidas já estavam na gestão anterior, não haja um planejamento para que todo esse tempo. 


Além disso, Celma também aponta a falta de 108 docentes para garantir o terço de planejamento dos professores; a falta de 185 estagiários e também 194 monitores na rede.

Foto: Rian Lacerda (Diário)


O que é “estado de greve”?

O estado de greve é uma deliberação coletiva tomada por uma categoria profissional como forma de alerta e mobilização, antes da paralisação total das atividades. Ao decretar a medida, os trabalhadores sinalizam que estão organizados e dispostos a iniciar uma greve caso as negociações com o empregador não avancem.


Embora o trabalho siga sendo realizado normalmente nesse período, o estado de greve autoriza o sindicato a convocar a paralisação a qualquer momento, caso necessário, respeitando os trâmites legais.


Confira a entrevista completa:


Posicionamento da prefeitura

A prefeitura se posicionou por meio de nota: 

"A prefeitura considera legítima a manifestação. Ressaltamos que as reivindicações apresentadas já estão sendo tratadas em reuniões com representantes da categoria, o que indica amplo diálogo por parte do Executivo.

Conforme a Secretaria de Educação, cerca de 80% da Rede Municipal de Educação está sem aulas nesta sexta-feira.

Como previsto em lei, as aulas serão recuperadas e cada escola tem autonomia sobre o próprio calendário."


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