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VÍDEO: apesar da previsão de retorno, escolas municipais seguem sem receber alunos

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Foto: Renan Mattos (Diário)
Professores fazem plantão pedagógico na Escola Adelmo Simas Genro

O calendário da Secretaria Municipal de Educação (Smed) permite o retorno presencial de aulas para estudantes do 3º ao 5º ano do Ensino Fundamental nesta quinta-feira em Santa Maria. Apesar da previsão no cronograma da prefeitura, segundo o Sindicato dos Professores Municipais (Sinprosm) não há registro, por enquanto, de nenhuma escola que tenha voltado com as aulas presenciais nesta semana. Desde terça-feira, estava permitido também a volta da Educação Infantil e 1º e 2º ano do Fundamental

Isso acontece porque, ainda na semana passada, os professores deflagraram uma greve ambiental, com a manutenção apenas das atividades remotas, a exemplo do que acontece desde o início da pandemia. Na manhã desta quinta, a reportagem do Diário visitou, até as 9h, três escolas. Todas tinham apenas atividades remotas por decisão dos professores. Conforme o Setor Pedagógico da Secretaria de Educação (Smed), não há registro de retorno de atividades presenciais nas escolas da rede municipal até esta quinta-feira.


Na Escola Adelmo Simas Genro, que fica no Bairro Nova Santa Marta, na região oeste da cidade, apenas o corpo diretivo, funcionários e alguns professores estavam no local para entrega de materiais e atendimento individual. Os 518 alunos vão seguir com aulas online ou retirada do material físico. A escola tem demarcações de distanciamento, mas, no momento, elas ainda não são necessárias sem os alunos. O colégio atende crianças do Maternal até o 9º Ano do Ensino Fundamental, e também do Educação de Jovens e Adultos (EJA). 

- 100% dos nosso professores aderiram à greve. Então, seguimos atuando da mesma forma que fizemos todo o ano passado. Temos escala de professores, que atendem em forma de plantão. Aproveitamos esse período para fazer melhorias nas escola. Algumas reformas estão sendo feitas - conta a diretora Edna Mara da Silva. 

Audiência pública tratará das aulas remotas em Itaara nesta quarta-feira

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Também na Região Oeste, a Escola Edy Maya Bertoia também atende os alunos com entrega de materiais, escalonados por turma durante a semana, e de forma online. Lá são cerca de 500 alunos matriculados, do Maternal ao 5º ano do Ensino Fundamental. Uma faixa na entrada do prédio já anuncia que a escola está em greve ambiental e pede a vacinação dos professores. 

- Também entregamos materiais didáticos básicos, como lápis e folhas, aos alunos, assim como alimentos que vêm de doações. Quando um aluno não nos dá retorno, é feita uma busca ativa. Ligamos várias vezes, mandamos mensagens e, em último caso, vamos até a casa da família para conversar e ver o que está acontecendo - explica a diretora Maria Elizabeth Gamarra da Silveira.

SEM AULAS E SEM ENERGIA
Localizada na Região Centro Leste, a escola Diácono João Luiz Pozzobon também não recebeu alunos presenciais. E, desde a quarta-feira passada, enfrenta outra dificuldade: está sem energia elétrica devido ao furto de cabos no poste de transmissão de energia localizado em frente ao prédio. A diretora Sandra Silva registrou um boletim de ocorrência do caso. 

- Para as aulas online, não houve tanto prejuízo, porque os professores trabalham de casa. Temos uma outra escola aqui do lado, quando precisamos imprimir algo ou usar internet, vamos até lá - afirma. 

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Foto: Renan Mattos (Diário)
Na Diácono João Luiz Pozzobon aulas também não voltaram

Segundo a diretora, como o problema envolve um cabo de energia que vai até a escola, o conserto deve ser feito pela instituição. A Secretaria Municipal de Educação foi contata e deve fazer uma vistoria no local ainda nesta quinta. A Secretaria de Educação disse, por meio de nota, que foi informada de furto na ligação elétrica da escola. Conforme a prefeitura, uma equipe da pasta esteve na escola nesta quinta-feira, acompanhada de um engenheiro, para fazer relatório fotográfico e, então, proceder com o projeto da nova entrada de energia elétrica, que será encaminhado para licitação de forma emergencial.

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A Diácono João Luiz Pozzobon já recebeu materiais de higienização, máscaras e face shield para os professores e funcionários. De acordo com uma pesquisa feita pela escola, a maioria dos pais prefere, neste momento, seguir com aulas remotas e entrega de materiais. Há cerca de 500 alunos matriculados do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental e EJA. Uma das mães que quer o ensino remoto é a dona de casa Jessié Rodrigues da Silva, moradora do Loteamento Leonel Brizola, que tem dois filhos matriculados na escola.

- Pela situação que estamos vivendo, a melhor situação é a aula remota. Enquanto não tiver vacina, não há segurança para voltar. Não mandaria meus filhos agora para as aulas presenciais - fala. 

CRONOGRAMA
O restante do calendário municipal prevê a retomada de outros anos ainda para maio. As aulas presenciais do 6º ao 9º ano e EJA estão previstas para semana que vem, em 24 de maio.

O retorno é facultativo e escalonado de modo que não haja lotação de alunos nas escolas. Desde o final de fevereiro, a prefeitura disponibilizou um formulário online para que os responsáveis preenchessem o interesse de retomada ou não do ensino presencial.

O Sindicato dos Professores Municipais (Sinprosm) recebeu confirmação, até agora, de que 65% do magistério aderiu à greve. Do total de 80 escolas, 52 sinalizaram adesão total à greve ambiental. Mas, segundo o sindicato, esse número pode ser maior, pois nem todas as escolas responderam o levantamento do sindicato. O Sinprosm não recebeu informação de nenhuma escola que tenha retornado de forma presencial. 

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