🔒exclusivo assinantes

Das discussões no Congresso a exemplo na região: escola completa sete meses de proibição do celular em sala de aula

Das discussões no Congresso a exemplo na região: escola completa sete meses de proibição do celular em sala de aula

Divulgação

Entrada da Escola Estadual de Ensino Médio Vicente Goulart, em Itacurubi.

A temática da proibição do celular em sala de aula tomou conta das redes sociais e veículos de comunicação nos últimos dias, principalmente após a aprovação pelo plenário do Senado Federal do Projeto de Lei que restringe o uso de aparelhos eletrônicos portáteis. Na região, uma escola de Itacurubi completa e comemora sete meses de implementação da medida, que segundo a diretora, trouxe benefícios aos alunos.


+ Receba as principais notícias de Santa Maria e região no seu WhatsApp 


​A decisão, tomada em conjunto com pais e responsáveis durante uma assembleia, foi adotada em todas as turmas do 5º ano do Ensino Fundamental ao 3º do Ensino Médio da Escola Estadual de Ensino Médio Vicente Goulart. A medida foi vista como solução para problemas como falta de atenção e rendimento, além da dispersão durante atividades pedagógicas.

Com isso, a materialização da ideia veio com a criação de uma peça em tecido, com compartimentos exclusivos para abrigar o aparelho de cada estudante:

– Desenhamos um modelo e fomos atrás de uma empresa que fizesse. Então foi colocado com um suporte nas paredes e assim surgiu o porta-celular. Estudamos um modelo bom, que não tivesse como o celular cair. Quando eles [alunos] saem, para fazer alguma atividade fora, a sala é chaveada pelo professor. Nunca tivemos nenhum problema quanto a segurança dos aparelhos – explica a diretora, Marli Souza.

Os 160 educandos da instituição que é a única estadual e com ensino médio no município, tiveram tempos diferentes de adaptação, como relata a diretora:

–Tivemos que explicar que foi uma medida pensada na aprendizagem e não foi tomada só pela escola, foi com o apoio dos pais. Com os pequenos foi tranquilo. Os maiores [do ensino médio] contestaram, mas depois entenderam e se acostumaram.

O equipamento para restringir o uso dos celulares foi instalado nas nove salas de aula do educandário. Conforme a direção, a norma é: na chegada à sala, cada aluno deixa seu celular em um dos compartimentos. De lá, o eletrônico só pode ser retirado mediante autorização do professor ou na saída para o intervalo. Na volta deste, o aparelho novamente é recolocado, a fim de ser retirado somente ao fim da aula.

Sete meses após a implementação do combinado e depois de relatos de professores, a direção avalia a situação como positiva:

– Pelo menos, neste momento na sala, conseguimos a concentração deles. Eles já acostumaram, entram e largam o aparelho, sem resistência ou outra desavença, afirma a diretora.

O objetivo é realizar, no início do ano letivo, uma nova reunião com a comunidade acadêmica, a fim de realizar uma avaliação completa com pais e docentes. Com isso, adaptações poderão ser feitas e a ideia é que a medida. A professora que está a frente da escola se mostra a favor da continuidade do projeto:

– Eles precisam focar naquele momento, na explicação, no professor. O problema é que eles [alunos] ainda não têm essa consciência por conta própria e qualquer espiada nas redes sociais acaba dispersando. Por isso a importância de adotar isso - considera Marli. 


Texto aguarda sanção presidencial 

Na última quarta-feira (18), o plenário do Senado Federal aprovou o Projeto de Lei 104/2015, que restringe o uso de aparelhos eletrônicos portáteis, principalmente de telefones celulares, nas salas de aula dos estabelecimentos públicos e privados de ensino infantil e médio de todo o país.

O texto que teve unanimidade entre os senadores, também é apoiado pelo governo federal. Com a aprovação no Congresso, o projeto segue para sanção presidencial e poderá valer já para o ano letivo de 2025.

No plenário, o relator do projeto no Senado, Alessandro Vieira (MDB-SE), defendeu que a medida "orienta uma política pública educacional" e explicou como deve ser a regularização nas escolas: 

– Entre o início do período de aula até o final, o uso de celular está proibido, salvo questão de necessidade, como saúde. A regra é que o aluno deixe esse celular desligado, mutado, na sua mochila ou no estabelecimento que tiver espaço, e ele tenha concentração total na aula. É um projeto muito simples, ele quer resgatar a atenção do aluno, levar esse aluno a prestar atenção na aula, argumentou o senador.

Durante as discussões, duas emendas foram apresentadas: uma delas, para estabelecer a obrigatoriedade apenas no ensino infantil e fundamental; e outra que previa obrigar a instalação de câmeras em salas de aula. A primeira emenda foi rejeitada. Já a segunda, foi retirada pelo autor para ser reapresentada na forma de um projeto de lei em separado.


Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Amplitude térmica elevada e chuva só em 2025; confira a previsão para os próximos dias Anterior

Amplitude térmica elevada e chuva só em 2025; confira a previsão para os próximos dias

Cecília e Miguel são os nomes mais registrados em Santa Maria em 2024 e outras 5 notícias Próximo

Cecília e Miguel são os nomes mais registrados em Santa Maria em 2024 e outras 5 notícias

Geral