operação fogo fátuo

'Foi uma grande surpresa', diz prefeito de Agudo sobre prisão de vice e servidores

Foto: Charles Guerra (Diário)

A manhã desta quarta-feira deixou muitos moradores do município de Agudo, na Região Central, em alvoroço. Durante uma operação contra a corrupção na administração pública, sete pessoas foram presas por envolvimento com os casos. A Operação Fogo Fátuo (do latim glória passageira), aconteceu em cinco cidades gaúchas com o objetivo de desarticular uma organização criminosa que atuava na prefeitura de Agudo pelo menos desde 2012. O prefeito da cidade, Valério Trebien (MDB) afirmou que as prisões - incluindo a do colega de partido e vice-prefeito do município, Moises Carlos Kilian - foram uma surpresa.

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De acordo com Trebien, a partir de agora será necessário avaliar como vai ficar o funcionamento da prefeitura e, em especial, definir quem vai assumir a Secretaria de Obras do município, que era de responsabilidade do vice-prefeito. Além disso, o prefeito salientou que não tinha conhecimento de nenhuma irregularidade dentro da prefeitura e ressaltou que está à disposição da Justiça e da Polícia Civil para fornecer documentos que colaborem com as investigações.

- Foi uma grande surpresa para nós. Eu não sabia nem desconfiava de nada, mas se alguém cometeu alguma irregularidade, precisa responder por isso - afirmou o prefeito.

Além do vice-prefeito, também foram presos preventivamente a servidora da Secretaria de Obras Luciana da Silva, o servidor afastado José Luiz Rocha da Silva e o motorista da prefeitura Gilberto Flávio Streck. Outras três pessoas, presas em Agudo e Porto Alegre, que seriam ligados ao ramo da construção civil, foram presas em flagrante por porte ilegal de arma e munição de uso restrito das forças policiais. Um dos presos, de Agudo, pagou fiança de R$ 3 mil e foi liberado Os nomes não foram divulgados pela Polícia Civil.  

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Em contraposição à declaração do prefeito, o líder da oposição, Rui Milbradt (PP), disse que as prisões não causaram nenhuma surpresa aos partidos da oposição. Segundo ele, já haviam ocorrido outras denúncias a respeito de fraudes, mas que acabaram sendo arquivadas diante da falta de documentações que comprovassem os esquemas. Milbradt comentou que, ainda nesta quarta-feira, uma reunião entre todos os partidos opostos à atual gestão deve definir o posicionamento dos representantes.

A OPERAÇÃO
A Operação Fogo Fátuo, que aconteceu em cinco cidades gaúchas, tem como objetivo desarticular uma organização criminosa que atuava na prefeitura de Agudo pelo menos desde 2012. Foram cumpridos 35 mandados de busca, quatro mandados de prisão preventiva, nove ordens judiciais de bloqueio de bens móveis e imóveis em Agudo, Santa Maria, Cachoeira do Sul, Canoas e Porto Alegre. Na investigação, que começou há cerca de um ano, são investigados os crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, fraudes licitatórias e lavagem de dinheiro além de formação de quadrilha.

Diante dos fatos da Operação "FogoFátuo", o Governo Municipal de Agudo informa que houve busca e apreensão de documentos no Centro Administrativo. O Prefeito Valério Vili Trebien colocou-se à disposição da Justiça e da Polícia Civil fornecendo todos os documentos requisitados, colaborando com as investigações. Tão logo o Município de Agudo tenha acesso aos autos do inquérito, serão prestadas novas informações.

O QUE DIZEM OS ADVOGADOS 

"Fui contatado pela família do vice-prefeito e ainda estamos tomando conhecimento da investigação. Por enquanto, o que temos em mãos é o documento da prisão preventiva. Eu conversei com o vice-prefeito, que diz que é inocente de tudo o que está ocorrendo. Agora, vamos aguardar o dia para saber mais detalhes, acompanhar o depoimento do meu cliente. Até agora, temos a versão da polícia, a única. A partir do momento em que analisarmos a investigação, poderemos nos manifestar."
Áureo Müller, advogado do vice-prefeito 

"Não temos informação alguma por enquanto. A Luciana nem sabe porque foi presa. Por enquanto não temos mais o que falar." 
Arlei Vitório Steiger, advogado de Luciana Silva 

"Ainda não tenho conhecimento do teor da investigação. Só sei que o Gilberto está preso e não sabe por quais motivos foi preso" 
Adriano Puerari, advogado do Gilberto Streck

José Luiz Rocha da Silva ainda não tem advogado constituído.

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