
Foto: Gilberto Ferreira (Diário)
Colheita da família Da Luz.
“Uma grande aventura” é como descreve Sophie Da Luz, 5 anos, quanto ao encontro da família para colher macela na madrugada desta Sexta-Feira Santa (29). São anos que os "Da Luz" mantêm a tradição, o primeiro que a pequena participa.
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A macela (ou marcela) é conhecida pelos seus poderes medicinais, mas ganha outro significado nesta data. A colheita deve ser feita antes do amanhecer, ainda com o orvalho da madrugada, o que, conforme a crença, causa maior eficácia.
Ainda na madrugada de sexta, famílias, como os Da Luz, saem a caminho de locais como rodovias e morros. No acostamento, eles buscam as pontas amarelas, características da erva. Para muitos, esse momento marca o início deste dia de reflexão e recolhimento.

A busca pela planta
Aventura em família é o que fica para os filhos, destaca o pai de Sophie, Márcirio da Luz. E, neste ano, a colheita foi marcada por essa sensação. A primeira tentativa da família não foi bem sucedida. Os sete integrantes procuravam na BR-158, mas a macela estava escassa, diz a matriarca Rosângela Melo dos Santos:
– É muita loucura. É muita aventura todos os anos. Nós fizemos essa aventura e, desta vez, deu para trás, não encontramos. Faz uns 8 anos que moramos aqui e é essa aventura todos os anos.

Mas não parou por aí. A família foi até a Estrada do Perau, que liga os municípios de Santa Maria e Itaara. Durante o trajeto, nas curvas sinuosas, completaram o ritual, e a colheita da macela foi feita antes do sol tocar a planta.
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