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"Não teve qualquer tipo de sequela ou consequência do procedimento", diz Pimenta sobre cirurgia de Lula na madrugada desta terça-feira

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom (Divulgação)

Lula passou por cirurgia de emergência e encontra-se acordado e lúdico.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se recupera bem da cirurgia que foi submetido na madrugada desta terça-feira (10) e deve permanecer internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, por mais dois dias para observação, segundo o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação (Secom), Paulo Pimenta (PT). Ao vivo no programa F5, da Rádio CDN, ele informou que não há, ainda, previsão de alta, mas a expectativa é que o presidente possa ser liberado no início da próxima semana e já retornar a Brasília. 

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Em coletiva de imprensa, um dos médicos do presidente, Roberto Kalil Filho, explicou que o presidente passou por uma "trepanação", procedimento em que é feito a perfuração do crânio com um trépano (instrumento cirúrgico usado para atravessar os ossos, especialmente os do crânio) para acessar o cérebro ou remover um pedaço de osso. No caso de Lula, foram feiras perfurações para retirar o sangue de um hematoma e aliviar a pressão causada na região. O hematoma é decorrente de um acidente doméstico — uma queda no banheiro — no dia 19 de outubro.

— Não teve qualquer tipo de sequela ou consequência do procedimento. Provavelmente, no início da semana que vem, ele já vai poder retornar a Brasília e ir retomando a agenda aos poucos. Não vai haver sequer necessidade do vice assumir ou qualquer outra coisa nesse sentido, o presidente está plenamente em condições de dar continuidade a suas tarefas, com uma carga um pouquinho mais reduzida — afirmou Pimenta.

O ministro esteve com Lula durante a segunda-feira (9), dia em que o presidente começou a sentir dores de cabeça.

— Na parte da manhã, o presidente estava indisposto. Já no final da tarde, ele começou a sentir uma leve dor de cabeça, e ela foi evoluindo. Entramos em contato com a equipe médica e por volta das 18h, optou-se por fazer uma ressonância magnética, onde foi identificada a necessidade de fazer esse procedimento para drenar esse líquido que fica acumulado entre a membrana e o cérebro — relatou o ministro santa-mariense.

Lula foi encaminhado de Brasília para São Paulo, no Sírio-Libanês, onde realizou o procedimento.

— Ele foi até São Paulo sempre consciente, conversando. Não teve nenhum problema, além dessa leve dor de cabeça e que por uma precaução a partir do que foi diagnosticado pelo exame — acrescentou Pimenta.

Além da agenda presidencial, Lula também deve retomar a rotina de atividades físicas. Aos 79 anos, o presidente segue a risca a rotina se exercícios físicos, segundo o ministro.

— Por uma questão de orientação médica (por conta da queda em outubro), ele tinha reduzido essa rotina. O presidente acorda todos os dias às 5h30 min da manhã, tem duas horas, das 6h às 8h de atividades físicas, todos os dias de segunda a sábado, só domingo que não. Faz esteira, alongamento, fisioterapia. E, em função dessa batida, houve uma mudança nessa rotina, e aos pouquinhos, ela já tava sendo retomada, principalmente com atividades aeróbicas, caminhadas e esteira. Agora, em função desse episódio, nós ainda não temos uma informação de como é que vai ser a orientação médica a partir do da semana que vem.

Hemorragia não afeta função cerebral

Em coletiva de imprensa, Kalil disse que os orifícios feitos no crânio de Lula são pequenos, seguindo um procedimento padrão que terá cicatrização espontânea, sem necessidade de intervenção futura. O presidente encontra-se lúcido e acordado, acompanhado apenas da primeira-dama Janja da Silva.

— O presidente não terá sequela e não há risco de complicações porque o hematoma estava localizado entre o osso cranial e o cérebro. Ele não tem machucado no cérebro. Esse procedimento é para evitar que o hematoma comprima o cérebro. O hematoma, que fica entre duas folhas da meninge, foi totalmente drenado. O mais importante é que ele não teve trauma no cérebro — disse Kalil durante entrevista coletiva no Hospital Sírio-Libanês.

Relembre

No dia 19 de outubro, o presidente sofreu uma queda no banheiro do Palácio da Alvorada, em Brasília. Ele teve um corte na parte de trás da cabeça e precisou levar cinco pontos. À época, por avaliação da equipe médica do Hospital Sírio-Libanês, recomendou, por precaução, evitar viagens de longa distância. No dia 20, ele cancelou a ida no Brics, na Rússia.  ​

Confira a entrevista completa



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