Calor aumenta presença de escorpião-amarelo em áreas urbanas do RS; 17 municípios já registraram ocorrências com humanos

Calor aumenta presença de escorpião-amarelo em áreas urbanas do RS; 17 municípios já registraram ocorrências com humanos

Foto: Divulgação SES

A presença do escorpião-amarelo (Tityus serrulatus) é motivo de preocupação em saúde pública no Rio Grande do Sul. De 2013 a 2024, esses animais foram localizados em até 37 municípios, sendo que em 17 foram registrados acidentes em humanos. Atualmente, as cidades de Porto Alegre, Sapucaia do Sul, Horizontina, Três de Maio, Marcelino Ramos, Nova Bassano, São Sebastião do Caí, Esteio e Alvorada são consideradas as principais áreas de infestação no Estado


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​As notificações de ocorrência de escorpiões devem ser feitas pela população às secretarias municipais de saúde. A amostra é enviada para identificação taxonômica e o município, após receber o resultado laboratorial, realiza as medidas de vigilância e controle. O animal tem potencial para envenenamento grave através de sua picada e tem fácil disseminação no meio urbano devido à sua adaptabilidade e reprodução em locais como encanamentos de esgoto, ralos, entulhos e frestas de paredes.


Em Santa Maria, a Secretaria da Saúde de Santa Maria emitiu um alerta no dia 15 de janeiro de 2025 sobre um exemplar de escorpião-amarelo encontrado pela primeira vez no município. 


A identificação das espécies peçonhentas é realizada pelo Centro de Informação Toxicológica do Rio Grande do Sul (CIT) e por laboratórios municipais e regionais do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-RS). Após a confirmação da presença do escorpião-amarelo, são desencadeadas ações de vigilância ambiental na área suspeita de estar infestada.


O escorpião não ataca, apenas se defende. Ferroa apenas quando alguém coloca a mão ou se encosta nele intencionalmente ou sem perceber.O plantão de emergência do CIT/RS, disponível 24 horas pelo telefone 0800-721-3000, registra acidentes pelas picadas dos peçonhentos e orienta o uso de soros.


Controle

No calor, aumenta a incidência de animais silvestres nativos e exóticos invasores nas áreas urbanas. Afetados pelas altas temperaturas, muitos deles surgem na cidade em busca de alimento, enquanto algumas espécies estão em período reprodutivo, o que pode ampliar os deslocamentos.


Para controle do escorpião-amarelo, são importantes as atividades de limpeza de terrenos baldios, quintais e jardins, retirando o acúmulo de entulhos, folhas secas e acondicionando o lixo em sacos plásticos. Os escorpiões alimentam-se, principalmente, de baratas, procurando abrigos infestados por esses insetos. Assim, o controle de baratas deve compor as medidas de manejo ambiental.


Mesmo em situações de falta de alimento, se houver acesso à água da chuva ou gotejamento de canos, eles podem permanecer escondidos, por períodos que podem passar de 12 meses. 


Outra medida essencial é manter fossas sépticas bem vedadas e paredes externas e muros rebocados, sem vãos ou frestas. Nas áreas internas de domicílios, utilizar telas em ralos, pias e tanques; vedar vãos e frestas em paredes, soleiras de portas e rodapés soltos. As portas devem permanecer fechadas e estarem bem ajustadas ao batente, nas laterais e nas partes superiores. Manter todos os pontos de energia e telefone vedados.


Não é recomendado o uso de inseticidas para controle de escorpiões. O produto químico exerce uma ação irritante podendo causar acidentes pelo desalojamento dos peçonhentos. O que também torna os escorpiões resistentes aos venenos é o fato de possuírem o hábito de permanecer em longos períodos em abrigos naturais ou artificiais que impedem que o inseticida entre em contato com o escorpião.


Cuidados

Confira alguns cuidados para manter se prevenir de picadas de escorpiões:

  • Examinar roupas (inclusive as de cama), calçados, toalhas de banho e de rosto, panos de chão e tapetes, antes do usar;
  • Usar luvas de raspa de couro ou similar e calçados fechados durante o manuseio de materiais de construção, transporte de lenha, madeira e pedras em geral;
  • Manter berços e camas afastados, no mínimo 10 cm, das paredes e evitar que mosquiteiros e roupas de cama esbarrem no chão;
  • Tomar cuidado especial ao encostar-se a locais escuros e úmidos e com presença de baratas.


Em caso de acidente, entre em contato com o Centro de Informações Toxicológicas (CIT) do Rio Grande do Sul. Telefone: 0800-721-3000.


*Com informações de Secretária de Saúde do RS

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