
Foto: Beto Albert (Diário)
O município de Rosário do Sul decretou, nesta terça-feira (21), situação de emergência devido à estiagem que atinge o Estado. De acordo com o texto, assinado pelo prefeito Marcos Paulo Silva da Luz (PSDB), a publicação tem como objetivo "enfrentar os impactos causados pela ausência de chuvas nos últimos meses, que têm gerado danos significativos à população e à economia local."
Ainda conforme a publicação, a falta de precipitação dificulta o acesso à água potável para consumo humano, perda de produtividade e atrasos no ciclo produtivo na agricultura, resultando em prejuízos financeiros devido ao aumento do custo de produção. O abastecimento de água para as comunidades e atividades agrícolas também está comprometido.
Em entrevista ao programa Fim de Tarde CDN, o prefeito falou sobre a situação no município, que acumula um prejuízo superior a R$ 17 milhões na agricultura:
– Hoje, já temos seis famílias com falta de água no interior da cidade, três delas no distrito Campo Seco, outras três no distrito do Caverá. Elas estão sendo assistidas pela Defesa Civil, que está levando água para todos esses moradores, ou seja, eles não estão sem água. Mas também estamos sofrendo muito nas lavouras, principalmente nas culturas de soja, arroz e milho. Já são 125 produtores atingidos.
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O decreto, publicado no âmbito municipal, foi encaminhado para homologação em nível estadual e federal. Nesses 21 dias completos de janeiro, foram registradas pequenas precipitações somente em dois deles, segundo o prefeito.
– Nosso objetivo, com o decreto, é que os produtores rurais tenham seus planos de financiamento alterados, além da busca por recursos. Também faremos compras para auxiliar as famílias que estão passando por necessidade. Ainda não estamos com falta de água na cidade, mas se a situação permanecer assim, precisaremos tomar outras medidas – afirma.
A prefeitura afirma que está agindo para tentar minimizar os impactos da estiagem, realizando a entrega de água potável para as comunidades atingidas, realizando a perfuração de poços para reserva de água, além de ações conjuntas com a Defesa Civil municipal.
Confira as principais determinações do decreto publicado:
- Mobilização de órgãos municipais e voluntários para assistência às áreas afetadas;
- Campanhas de arrecadação de recursos para auxiliar as populações atingidas;
- Autorização para uso emergencial de propriedades particulares em situações de risco iminente, com indenização garantida, se necessário;
- Dispensa de licitações para aquisições e serviços essenciais ao enfrentamento da emergência, conforme previsto na legislação federal.
Outras cidades estão na mesma situação
Santa Margarida do Sul foi o primeiro município da Região Central a declarar situação de emergência. O decreto, publicado no dia 14 de janeiro, a cidade enfrenta períodos sem chuva, com prejuízos totais que ultrapassam R$ 120 milhões.
Segundo a Defesa Civil Estadual, outros três municípios também estão com registros no Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2ID), disponibilizado pelo governo federal e utilizado pela Defesa Civil do Estado e pelos municípios. São eles: Cacequi, Santiago e Tupanciretã. Neste caso, são aguardadas as oficializações nos próximos dias.
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