Fotos: Beto Albert(Diário)
A modalidade envolve reação espontânea, rapidez e leitura atenta do adversário.
Se for para escolher, Pedro Abreu, 8 anos, prefere ser chamado de atleta do tênis de mesa, popularmente conhecido como pingue-pongue. O gosto pelo esporte nasceu observando e praticando ao lado de seu pai Fabrício Abreu, 39 anos. Eles não são os únicos. Pelo menos, outras duas duplas são formadas por pais e filhos no Projeto Futuro, que trabalha exclusivamente com a modalidade em Santa Maria. A sincronia dentro e fora da quadra são comemoradas neste domingo (11), no Dia dos Pais, e, em época olímpica, ganha ainda mais atenção mundial.
O tênis de mesa treina a atenção, a agilidade e os reflexos para rebater a bola. Se o pequeno Pedro busca evoluir esses fundamentos é se espelhando no pai Fabrício. A prioridade para a dupla é socializar e construir o vinculo pelo esporte.
– Para jogar, me inspiro no meu pai. Ele joga bem. Aprendi com ele o backhand (um ataque feito com a raquete no lado esquerdo) – responde Pedro, após pensar alguns segundos.
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Os atletas praticam em uma das salas do Monet Plazza Shopping, local que o Projeto Futuro tem seus treinamentos. Nas terças e quintas-feiras à noite, quem passa pelo ponto ouve o som das pequenas bolas batendo nas raquetes.
Nos treinos é possível observar os passos sincronizados e a movimentação ágil e inquieta da dupla Davi Alves Cavalheiro, 10 anos, e seu pai, o militar Alcionei Nogueira Cavalheiro, 39.
– Tem que se movimentar bastante. Jogo de dupla é isso. Como cada um responde de maneira intercalada quando a bola vem para a nossa quadra, precisamos de muito movimento para chegar na bola a tempo. Essa é a dupla ideal – explica Alcionei, ao ser questionado sobre a tática de pai e filho.
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Um espelho
Concentração e trejeitos na hora de atacar ou defender. Essas são algumas das características que Arthur Barreto, 8 anos, reproduz a partir da observação do seu pai Clayton Barreto, militar de 41 anos, em quadra.
– Aprendi que a gente tem que jogar várias vezes no canto, e não ficar bravo quando perder. É para se divertir. Meu pai foi inspiração para começar a jogar. E também peguei dele o jeito de segurar a raquete – mostra Arthur.
Anos antes, o pai já praticava o esporte na cidade natal, Rio de janeiro, mas teve uma pausa nas atividades. Com o tempo, no decorrer do crescimento do Arthur e o retorno aos treinamentos, buscou resgatar as lembranças da infância e criar novos elos incentivando seu filho:
– No último ano é que ele começou a vir. A nossa vida é corrida com o trabalho, e o estudo por parte dele. Então, ter um momento de pai e filho, poder brincar junto e se divertir é fundamental para nossa relação e de toda a família. Procuramos ter esse momento. Isso é seguir a tradição. Espero que ele continue, goste do esporte e, quem sabe um dia, se torne um profissional.
Saiba mais sobre o esporte e os atletas do Brasil no site da
.Projeto Futuro
- Centro de treinamento – Monet Plaza Shopping, terças e quintas-feiras
- Redes sociais – www.instagram.com/projetofuturo_tm/