Foto: Agência Brasil
O governo do Rio Grande do Sul iniciou um plano de ação para conter um foco confirmado da doença de Newcastle em uma granja comercial de Anta Gorda, no Vale do Taquari. O planejamento foi validado junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) na quinta-feira (18).
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— É importante ressaltar que a notificação veio do próprio produtor. O sistema avícola comercial do Rio Grande do Sul é altamente tecnificado, com uma relação forte e estreita com o Serviço Veterinário Oficial — afirma o diretor do Departamento de Saúde Animal do ministério, Marcelo Mota.
Foram traçados dois perímetros de vigilância, com raios de três e dez quilômetros a partir do foco.
— A secretaria já vem promovendo ações de vigilância ativa antes mesmo da confirmação. Vistoriamos as três granjas comerciais que estão atualmente alojando animais, dentro do raio de três quilômetros do foco — destaca o diretor-adjunto de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Seapi, Francisco Lopes.
O plano de ação prevê visitas a granjas comerciais e propriedades com criações de subsistência. No raio de três quilômetros, são 75 propriedades no total. Segundo a secretaria, se considerar o raio de dez quilômetros, somam-se a elas mais 801 propriedades para visitar.
Além das vistorias nas propriedades, a Seapi deve colocar barreiras de desinfecção e bloqueio e barreiras de desvio no raio de três quilômetros.
— O objetivo é evitar tanto a entrada quanto a saída de aves, camas de aviário, esterco e outros produtos que possam carregar o vírus — explica o diretor-adjunto.
As barreiras, que vão funcionar ininterruptamente, terão o apoio de segurança da Brigada Militar. A operação mobilizará um grande contingente de servidores da Seapi.
— Vamos precisar fazer troca de escalas, com quatro equipes por barreira. Calculamos mais de 70 servidores envolvidos na ação — conta Francisco.
Se não houver novos casos, a previsão é de que a operação de contenção do foco se encerre em duas semanas.
Sobre a doença
A doença de Newcastle é uma enfermidade viral que afeta aves domésticas e silvestres, causando sinais respiratórios, frequentemente seguidos por manifestações nervosas, diarreia e edema da cabeça nos animais.
De notificação obrigatória à Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA), é causada pela infecção por vírus pertencente ao grupo paramixovírus aviário sorotipo 1 (APMV-1), virulento em aves de produção comercial.
Todas as suspeitas da doença, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita em aves, devem ser notificadas imediatamente à Seapi, por meio da Inspetoria ou Escritório de Defesa Agropecuária, pelo sistema e-Sisbravet ou pelo WhatsApp (51) 98445-2033.
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