Jardim Botânico da UFSM chega à marca de 2 mil árvores registradas após nova catalogação

Colaborou Vitória Sarturi

Jardim Botânico da UFSM chega à marca de 2 mil árvores registradas após nova catalogação

Foto: Beto Albert

Com 40 anos de atividades, o Jardim Botânico da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) atingiu um marco histórico de preservação ambiental, chegando a 2 mil árvores catalogadas no arboreto científico. O exemplar de número 2 mil é a Albizia niopoides, da família Fabaceae, conhecida popularmente como angico-branco ou farinha seca. 


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Presente em diferentes biomas, como Mata Atlântica, Cerrado, Pantanal, Amazônia e até em localidades do México, o angico-branco pode alcançar 35m de altura e ter 80cm de diâmetro no tronco. Nativa do Brasil, a espécie ganha destaque pelo seu caule branco e por representar as riquezas das florestas brasileiras. 


– Ela não está aqui para servir os seres humanos, mas para viver a vida dela. Então, por isso, a gente dá tanta importância para essas plantas – relatou Renato Aquino Záchia, professor universitário e colaborador do Jardim Botânico. 


Foto: Beto Albert


O cadastro ocorreu durante o novo processo de catalogação, iniciado em setembro de 2022 por colaboradores do espaço. Com atividades de georreferenciamento, registro técnico e identificação científica, os trabalhos contam com apoio do Colégio Politécnico da Universidade, além do Jardim Botânico do Rio de Janeiro e da Plataforma Nacional JABOT – instrumento que permite a publicação, organização e acesso público a dados botânicos de forma integrada, fortalecendo a ciência e a conservação da biodiversidade no país. 

– Esse dado (registro de 2 mil árvores) é importante para mostrar a diferença entre jardim botânico e a necessidade de existirem. Na Austrália,  o Jardim Botânico é uma das principais referências para o visitante conhecer, é um referencial de nação. Por quê? Porque ali eu tô preservando a biodiversidade do país – comentou Záchia. 

Neste momento, a marcação das plantas é realizada com um GPS de alta precisão e por meio de uma etiqueta metálica, que indica a numeração dela. No futuro, o objetivo é colocar placas com QR Code para viabilizar o acesso dos visitantes ao banco de dados das espécies. 


Foto: Beto Albert


A nova catalogação está prevista para encerrar em julho deste ano, com estimativa de registrar 2,5 mil indivíduos. O último levantamento foi realizado há mais de vinte anos atrás, em 2000. 


Histórico e funcionamento

O Jardim Botânico foi fundado em 3 de dezembro de 1981 por professores do departamento de biologia da UFSM. Atualmente, seu acervo apresenta 349 espécies numeradas, com aproximadamente 2,5 mil plantas, distribuídas em 13 hectares na universidade. O espaço busca conservar espécies florestais nativas do Rio Grande do Sul, servindo como base de apoio às atividades de ensino, pesquisa e extensão. 


Além disso, oferece visitas guiadas, tour pelas plantas carnívoras, passeio pelo telhado verde, visita ao jardim sensorial e exposição de animais taxidermizados, atuando como um centro de lazer gratuito para a comunidade. O local funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, e eventualmente aos domingos com programações especiais. 


Para visitas escolares ou em grupo (durante período letivo), é necessário realizar agendamento prévio por meio do seguinte formulário: https://forms.gle/9GoPeqG27csYxWJ86. Em caso de dúvidas, os telefones para contato são: (55) 3220-8973 (administração) e 99193-8183 (visitações), ou pelo e-mail [email protected]


Como chegar no Jardim Botânico

Após entrar na Avenida Roraima e passar pelo Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), é preciso dobrar à direita e seguir reto. Ao passar pela Fundação de Apoio à Tecnologia e Ciência (Fatec), o acesso ao Jardim se dá pela estrada de Pains.

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