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Prefeitura de Santa Maria deve renovar contrato com empresas do transporte coletivo após novo adiamento da licitação

Prefeitura de Santa Maria deve renovar contrato com empresas do transporte coletivo após novo adiamento da licitação

Foto: Beto Albert (Diário)

Após confirmação de que a licitação do transporte coletivo não deve ser lançada em 2024 em Santa Maria, o contrato com as empresas que prestam o serviço atualmente na cidade precisará ser prorrogado mais uma vez. Esta já é a 14° prorrogação.

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A declaração foi feita pela promotora do Ministério Público Giani Saad em entrevista na Rádio CDN nesta terça-feira (3) e confirmada pela prefeitura de Santa Maria. 

– O contrato tem que ser prorrogado porque não se pode cessar o serviço que é fundamental, municipal, público e contínuo. A necessidade de continuidade do serviço não nos dá opção que não a prorrogação nesse momento – explicou a promotora. 

No mesmo sentido, o município informou que “por se tratar de serviço essencial, sempre que há prorrogação judicial na execução do processo de licitação, ou seja, para continuidade dos serviços, há a necessidade legal da renovação contratual precária. Nesta renovação contratual há a formalização de compromisso entre Executivo e a concessionária para que não aconteça a interrupção dos serviços, não havendo qualquer custo adicional”. 

Novo prazo e o que falta para o lançamento

Após o lançamento da licitação ser adiado, o novo prazo informado pelo MP é de 14 de janeiro de 2025. Segundo a promotora, as etapas para a conclusão do processo estão bastante avançadas. No momento, a espera é pela última análise do edital por parte do Tribunal de Contas do Estado (TCE). 

Além disso, o projeto ainda precisa ser analisado pela Câmara de Vereadores, que julgou o prazo de até o final de 2024 como insuficiente para a conclusão do debate e considerações finais. De acordo com o presidente da comissão especial que acompanha o Projeto de Lei, vereador João Ricardo Vargas (PL), a complexidade do assunto exige um maior aprofundamento nas discussões. O projeto foi protocolado em 19 de abril no Legislativo. 

Outro impedimento apontado pelo Ministério Público é em relação ao tempo de duração proposto para a licitação, que é de 20 anos. O prazo contraria a lei de concessões municipal que limita o prazo em até 10 anos. 

Para resolver o problema, o MP encaminhou um pedido de análise a procuradoria-geral para revisão e possível remoção deste limite da legislação municipal. Como justificativa, Saad explica que o prazo do município contraria a legislação federal, a qual não estabelece um limite. 

– Nós encaminhamos a análise da constitucionalidade desta lei para o procurador-geral do Ministério Público para que seja analisada a possibilidade de ingresso uma ação direta de inconstitucionalidade que retiraria esse limite de 10 anos do contrato de concessão. Com isso se abre caminho para que, independente desse aspecto, o município possa lançar a licitação – explica.

“Esse processo se arrastou por tempo demais”, diz MP

O processo licitatório de serviços públicos é previsto em lei federal e municipal. Contudo, em Santa Maria, há mais de 50 anos, desde 1970, seis empresas operam o transporte público da cidade sem licitação. Esse processo ainda está em andamento e, ao longo desse período, diversos prazos para o encerramento do contrato atual e o lançamento da licitação foram estebelecidos e prorrogados. 

Dentre os motivos que levaram ao adiamento desses prazos, estão a pandemia e demanda pelo cumprimento de todas as etapas previstas para a licitação.

Questionada sobre o prejuízo que este cenário de indefinição traz para os usuários, a promotora do MP declarou que o processo se estendeu mais do que o adequado. 

– Na visão do Ministério Público, esse processo se arrastou por tempo demais, por isso, já fizemos o manejo de várias medidas e lutamos muito para a mediação na fase da Covid-19, justamente para que não houvesse a indenização das atuais empresas que estão contratadas por prorrogação do contrato. Depois, o MP foi encurtando os prazos de prorrogação, eles eram de um ano, seis meses, e agora estamos mês a mês pedindo. Inclusive já pedimos aplicação de multa em algum momento. A cada etapa é um desafio. 

Confira a entrevista completa 


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