Produtos com a identidade local são destaque no Conecta Iconografia

O evento foi realizado no Labcriativo, localizado na Vila BelgaFotos: Beto Albert (Diário)

Como transformar a identidade de Santa Maria em produtos? A resposta esteve na amostra do evento "Conecta Iconografia", realizado no Labcriativo. Na noite desta segunda-feira (11), nove empreendedores apresentaram produtos autênticos, que carregam as características da cidade. A iniciativa faz parte do projeto “Iconografia Local Santa Maria", que tem o objetivo de valorizar a cultura e a identidade do município.


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– Esse trabalho começou no ano passado, com o lançamento desse projeto e a mostra é resultado dele. Surgiram coisas muito legais. Produtos identitários, com um olhar para a nossa cidade e com qualidade – afirmou a secretária de Cultura, Rose Carneiro.

Os produtos apresentados, que vão desde jogos educativos até artesanato, são resultado de uma iniciativa que começa ainda em 2023 com um estudo da região a partir de aspectos como cultura, paisagens, arquiteturas e ações cotidianas. O material coletado foi compilado no livro “Projeto Iconografia Local”. Em cada página, inspirações para a economia criativa encontradas em diferentes cantos da cidade, como uma janela característica da Vila Belga ou o colorido das vidraças da Catedral Metropolitana.

O designer Walter Rodrigues mostrou algumas inspirações

A partir disso, 30 empreendimentos participaram de workshops e consultorias com o designer Walter Rodrigues e pensaram em possibilidades criativas. Destes, dez foram selecionados e nove estiveram no evento para expor o resultado da iniciativa. Uma delas é a Bruna Brandão, sócia proprietária da empresa Guds & Cook Decoração Criativa. Inspirados no tradicional xis de Santa Maria e na Basílica da Medianeira, foram criadas opções para presentear, como chaveiros, luminárias e xícaras:

Ter essa coleção, representando Santa Maria, é algo que nos orgulhamos. Pegamos várias coisas que a gente gostava da cidade, baseadas no trabalho do Walter, e meu Deus, tinha muita coisa. Acabamos optando por dois temas que achamos muito marcantes.

Além do xis e da Nossa Senhora Medianeira, os dinossauros também inspiraram as criações. As irmãs Aline, que é designer, e Analúcia Fialho, pedagoga, uniram os conhecimentos para criar o jogo educativo “Descubra o Dinu”.

– Nós temos dois pares de dinossauros, que são os que foram encontrados em Santa Maria. A dinâmica é que, na medida que o jogador caminha no tabuleiro, ele tem direito a comprar uma carta representadas por ferramentas de trabalho de um paleontólogo, ele vai comprando uma pecinha do corpo do dinossauro. Vence, no final, quem monta primeiro e descobre a identidade – explica Aline.

Aline e Analúcia apostaram nos jogos educativos para o público 5+


Iniciativas participantes

Cada loja ou empreendimento está comercializando os produtos em seus pontos de venda físico e online

  • É o Bicho: brinquedos e jogos didáticos
  • By Marise Handmade: acessórios e artesanatos
  • Delícias da Tia Lilia: confeitaria
  • Porão Criativo: marketplace
  • Recuerdo Desêno: vestuário autoral
  • Guds & Cook Decoração Criativa: artigos de decoração
  • Aphelia Design: design criativo
  • VZ Dona Zinha: acessórios
  • Graça Lisboa: joias da vila belga (produto que não passou pelas capacitações, mas teve inspiração no Livro de Iconografia Local)


A ideia do ateliê colaborativo

A iniciativa, promovida pela prefeitura de Santa Maria, em parceria com o Sebrae, já planeja os próximos passos. Conforme o vice-prefeito, Rodrigo Decimo, a estimativa é que mais projetos sejam contemplados. Para o próximo ano, ainda, está sendo planejado a criação de um ateliê colaborativo para que os empreendimentos possam ter um espaço de comercialização.

– Tudo isso é possível porque houve uma parceria muito grande com o Sebrae. Eles já anteciparam que, no ano que vem, vamos continuar essa parceria e com novidades. Uma delas é um ateliê colaborativo, justamente para que esses criativos possam ter um espaço para comercialização. Tudo isso é importante porque, primeiro se faz a maturação, mas depois precisa virar um produto e que tenha um desenvolvimento econômico, efetivamente – afirmou Decimo.


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