Foto: Rafa Neddmeryer (Agência Brasil)
Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) entraram em greve nesta terça-feira (16) em todo o país. O Sindicato dos Trabalhadores Federais da Saúde, Trabalho e Previdência do Rio Grande do Sul (Sindisprev) convocou uma assembleia para deliberar as ações nesta tarde. A categoria reivindica a valorização profissional e melhorias nas condições de trabalho. A greve impacta também servidores que atuam na agência de Santa Maria.
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Uma plenária nacional realizada de forma virtual pela Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), no último sábado (13), já havia indicado a deflagração da greve por tempo indeterminado a partir desta terça. Antes disso, em 10 de julho, o sindicato havia notificado o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, à presidência do INSS e à superintendência sul do INSS sobre o indicativo de greve.
No início de julho, o governo federal encaminhou uma proposta, rejeitada em assembleia. Conforme o informe de reunião com o comando de mobilização, teria "ficado evidente os ataques do governo à carreira":
"Entre os ataques, estão o rebaixamento das remunerações iniciais com a criação de três novas referências iniciais, passando a atual tabela de 17 referências para 20 referências e, por consequência, a desvalorização da carreira. Além disso, há o congelamento do valor do ponto da Gratificação de Desempenho de Atividade do Seguro Social (GDASS) nos dois anos do acordo (tendo em vista que o reajuste se dará somente sobre o vencimento básico), a criação da GAT (uma gratificação fixa que substituirá a GAE, atualmente equivalente a 160% do vencimento básico) e a extinção desta e do teletrabalho", destaca o informe publicado em 11 de julho.
A reportagem tenta contato com a gerência da agência do INSS de Santa Maria para saber como a greve dos servidores afeta o atendimento aos segurados.
Paralisação anterior
Essa é a segunda greve dos servidores do INSS desde o fim da pandemia da Covid-19. Em maio de 2022, a categoria cruzou os braços durante dois meses para reivindicar reajuste salarial.