
Foto: Taisa Carolina (arquivo pessoal)
Detonações na encosta tem ocasionado o aglomerado de materiais na pista
Na ERS-348, em Ivorá, uma montanha de pedras e árvores bem em cima da pista causa preocupação e risco aos motoristas. O trecho, que teve deslizamentos causados pelas fortes chuvas do ano passado, passa por serviços de recuperação. Nas últimas semanas, estão sendo feitas detonações nas rochas na encosta para a construção de mais uma via ao lado do morro, já que o acostamento do outro lado, que fica numa ribanceira, desabou. A previsão, do Daer e da prefeitura, é liberar o tráfego entre maio e junho deste ano.
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O vice-prefeito do município, Edemilson Pissinin, explica que o trecho já estava bloqueado desde o ano passado. Um deslizamento de terra comprometeu a trafegabilidade e a segurança do local. Agora, equipes do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) trabalham para liberar a rodovia estadual. Como solução, será feita uma nova via, do lado contrário ao desmoronamento.
– Essa detonação das rochas é feita em etapas. Agora, estão na fase de retirada desse material para, então, fazer novas detonações e dar continuidade às obras – explica o vice-prefeito.
Como alternativa, motoristas podem fazer um desvio pela Linha Zancan.
O desenhista Bibiano Girard e a fotógrafa Taisa Carolina estavam viajando para Ivorá na tarde desta quinta (13) para fazer um trabalho. Girard disse que estava filmando a estrada, quando ambos se surpreenderam ao deparam com o paredão de pedras e árvores sobre a rodovia. Segundo ele, não havia nenhuma placa de interdição para avisar os motoristas.
– Ao retornarmos, passamos por mais quatro carros que tiveram que dar retorno. À noite, é erro na certa – disse Girard, preocupado com a falta de sinalização.
Em resposta ao Diário, o Daer afirmou que "com as chuvas de maio de 2024, houve ruptura do pavimento. Para fazer a recuperação, estão realizando um corte no morro (detonação) para fazer uma nova pista".
O Departamento também enviou uma foto mostrando dois montes de terra na pista e uma placa de interdição. Mas, conforme Girard, que passou pelo local na tarde desta quinta, não havia o cavalete com alerta de bloqueio e que os motoristas acharam que a terra seria para obra no local apenas, mas não uma interdição, já que havia passagem para os veículos entre os dois montes.

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