
Foto: Marcos Fonseca
Área da Avenida das Hortênsias onde o acidente aconteceu foi cercada com tapumes. A pousada atingida segue fechada
Passados 10 dias da queda de um avião em Gramado, na Serra gaúcha, ainda não foi possível fazer a identificação dos restos mortais das 10 vítimas de uma mesma família. O difícil processo de reconhecimento atrasa a liberação dos restos mortais.
O avião modelo Piper Cheyenne 400 pertencia ao empresário Luiz Galeazzi, que também era o piloto. A aeronave saiu do aeroporto de Canela pela manhã do dia 22 de dezembro de 2024 em um dia de forte cerração, e iria para Jundiaí, em São Paulo, onde a família residia. O bimotor caiu após bater em prédios da Avenida das Hortênsias, que liga o município a Gramado. O local é repleto de imóveis e tem grande movimento de veículos e pessoas.
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Além de Galezzi, morreram sua esposa, três filhas, a cunhada, o cunhado, a sogra e duas crianças. Segundo a Polícia Civil, o avião explodiu, e os corpos ficaram fragmentados. Além disso, o avião e parte de uma pousada pegaram fogo.
De acordo com o jornal Correio do Povo, a grande quantidade de amostras de material genético e a fragmentação dos cadáveres são obstáculos aos peritos. Até mesmo a confirmação de que havia 10 pessoas a bordo não pode ser ainda confirmada.
O material genético de parentes das vítimas foi coletado nesta semana, em São Paulo, para serem comparados com os fragmentos dos corpos no Instituto-Geral de Perícias (IGP), em Porto Alegre.
As duas funcionárias da pousada atingida pelo bimotor, de 51 e 56 anos, sofreram queimaduras e segue hospitalizadas em Porto Alegre. O estado delas é considerado grave.
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) segue analisando as causas do acidente, e ainda não há um prazo para a conclusão.

Cercamento
A área da Avenida das Hortênsias onde o acidente aconteceu foi cercada com tapumes. A pousada atingida pelo avião segue fechada.
A poucos metros do local do acidente há um posto de combustíveis e um restaurante, além de inúmeros imóveis comerciais, um hotel e museus. De acordo com a prefeitura de Gramado, o acidente aéreo não afetou as atividades programadas no município. Durante o Natal e o Ano Novo, o movimento de turistas na Serra foi intenso.