Fotos: Nathália Schneider (Diário)
Um veículo com quatro passageiros – dois gravemente feridos e dois mortos –, e um caminhão barriga de aço transportando um produto perigoso se envolvem em um grave acidente. Tudo não passava de uma simulação, organizada no km 323 da BR-158, Bairro Cerrito, aqui em Santa Maria.
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A ação realizada na manhã desta quinta-feira (26) chamou a atenção de motoristas e pedestres que cruzavam pelo local e mostrou um dos casos que mais preocupam em ocorrências de sinistro nas estradas: acidente envolvendo veículo de passeio e caminhões de grande porte.
Todo o trabalho faz parte do Programa Santa Maria Resiliente, que está atualizando o Plano de Contingência e desenvolvendo os protocolos de comunicação em desastres, o plano de voluntariado e as ações de educação comunitária.
Diversos órgãos da segurança pública estiveram envolvidos na simulação. Este foi o momento de avaliar desde as primeiras ações que são executadas numa situação de sinistro, até a conclusão do atendimento. Uma das equipes presentes era a Polícia Rodoviária Federal (PRF) que trabalha de uma forma diferente quando uma ocorrência de acidente envolve produtos perigosos.
— Quando a informação que recebemos no chamado orienta sobre sinistro envolvendo produto perigoso, as equipes da PRF já são orientadas a chegar no local indicado e manter uma distância maior de 100 metros para poder fazer uma avaliação de que tipo de veículo e que tipo de produto está sendo transportado a partir dos rótulos de risco e sinalização que são colocados nos veículos que fazem esse tipo de transporte de carga. A partir dessa informação é analisado o perímetro de isolamento que será feito para que não haja risco para os colegas que estão em atendimento e para a população local. Após essa etapa então é acionado os demais atendimentos como bombeiros, Samu e se necessário algum órgão que possa avaliar qualquer tipo de vazamento de produto que em certos casos ocorre em rios e solo — explica o chefe do núcleo de policiamento e fiscalização da PRF, Fernando Ribeiro Secchi.
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O superintendente da Defesa Civil, Adão Lemos, detalhou como o munícipio trabalha as próximas simulações a partir de ações como essa:
— Além dessa simulação, já estamos planejando uma próxima com um aumento da complexidade do sinistro e o aumento de vítimas. Essa simulação nos ajuda também a entender nosso plano de contingência, e verificamos como cada órgão da segurança pública atende ao chamado. É avaliado o tempo de resposta como, por exemplo, da PRF até chegar ao local do acidente, dos bombeiros para atendimento e retirada dos feridos e do Samu para o deslocamento até as unidades de saúde.
Na simulação, diversos atores participaram, eles eram estudantes do curso técnico de enfermagem da Universidade Franciscana (UFN) e do Sistema de Ensino Gaúcho (SEG). A experiência na área da Saúde foi demonstrada nas ações que eram executadas durante o simulado, como relatou a estudante Giovana Dorneles:
— Apesar de ser uma simulação e eu estar interpretando uma pessoa que estava muito nervosa e implorando por ajuda, em momentos como esse não tocar nas vítimas é fundamental.
As seguintes instituições participaram da simulação: Polícia Rodoviária Federal (PRF), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Bombeiros, 4ª Coordenadoria Regional de Saúde (4ª CRS), Instituto-Geral de Perícias (IGP), Coordenadoria de Trânsito e Mobilidade Urbana (CTMU), Guarda Municipal, Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural, Secretaria Municipal de Saúde, Gabinete do Prefeito e Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp), entre outros órgãos institucionais.