O julgamento de recursos do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) e de advogados de Leandro Boldrini começou virtualmente nesta sexta-feira (23), na 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justição do Estado (TJRS). O processo analisará o segundo juri de Boldrini, que ocorreu em março de 2023 e resultou na pena de 31 anos e oito meses de prisão pela morte do filho Bernardo, em 2014, em Três Passos, no Noroeste do Estado. O julgamento seguirá até a próxima quinta-feira (29).
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Recursos
Um dos recursos interposto é do Ministério Público do Estado, que busca aumentar a pena imposta ao réu. Já a defesa quer a anulação do segundo juri popular. Na ocasião, Boldrini foi condenado a 30 anos e 8 meses de prisão pelo crime de homicídio quadruplamente qualificado e 1 ano pelo crime de falsidade ideológica. Apesar da defesa do réu alegar a ocorrência de nulidades no julgamento, o MPRS acredita que o veredito dos jurados será mantido.
O Desembargador Rinez da Trindade é o relator dos recursos. Também votam o Desembargador José Luiz John dos Santos e o Juiz de Direito Thiago Tristão Lima. Após o último dia de julgamento, o resultado será disponibilizado no processo.
Entenda o caso
Bernardo Boldrini tinha 11 anos quando desapareceu, em Três Passos, no dia 4 de abril de 2014. Ele morava com o pai, a madrasta e uma meia-irmã, de um ano. O caso gerou revolta em todo o país devido a frieza. O corpo do menino foi encontrado dez dias depois, enterrado em uma cova vertical em uma propriedade às margens do rio Mico, em Frederico Westphalen. A criança teria sido dopada e morta, sendo enrolada em um saco plástico antes de ser enterrada.
No mesmo dia, o pai e a madrasta da criança, Graciele Ugulini, foram presos, suspeitos, respectivamente, de serem o mentor intelectual e a executora do crime. Graciele também teria contado com a ajuda da amiga, Edelvania Wirganovicz. Dias depois, Evandro Wirganovicz foi preso, suspeito de ser a pessoa que preparou a cova onde o menino foi enterrado.
Qual é a situação dos réus hoje?
- Leandro Boldrini está no regime semiaberto, cumprindo pena no Presídio Regional de Santa Maria.
- Graciele Ugulini está no regime fechado, cumprindo pena no Presídio Estadual Feminino Madre Pelletier
- Edelvânia Wirganovicz está no regime semiaberto, em prisão domiciliar com monitoramento eletrônico.
- Evandro Wirganovicz já cumpriu a pena de prisão, extinta em 23 de janeiro de 2024
*com informações do MPRS