Servidores públicos que vendiam mercadorias apreendidas pela Receita Federal são alvo de operação da PF

Servidores públicos que vendiam mercadorias apreendidas pela Receita Federal são alvo de operação da PF

Foto: Polícia Federal

A Operação Entreposto cumpre 15 mandados de busca, nove prisões preventivas, 46 sequestros de bens e bloqueia cerca de R$ 37 milhões

A Polícia Federal, em uma operação conjunta com a Corregedoria da Receita Federal do Brasil, deflagrou nesta quarta-feira (6) a Operação Entreposto para desarticular um esquema criminoso envolvendo servidores públicos da Receita Federal. A ação investiga o desvio e apropriação de mercadorias apreendidas em fiscalizações, que eram posteriormente vendidas no mercado informal.


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As ordens judiciais foram emitidas pela 2ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Santa Maria, e a Delegacia da Receita Federal da cidade foi apontada como local onde parte das fraudes ocorria. Os servidores envolvidos fraudavam registros de apreensão, de forma que apenas parte das mercadorias apreendidas chegava aos depósitos oficiais, permitindo que o restante fosse desviado.


Além de Santa Maria, as ordens judiciais foram cumpridas nos municípios Pelotas, Lajeado, Braga e Santo Augusto no Rio Grande do Sul, e Chapecó, em Santa Catarina.

A operação contou com 90 policiais federais e 16 integrantes da Corregedoria da Receita Federal, resultando no cumprimento de nove mandados de prisão preventiva, 15 mandados de busca e apreensão, três mandados de busca pessoal e 12 medidas cautelares. Além disso, foram sequestrados 22 imóveis e 24 veículos, e contas bancárias dos investigados foram bloqueadas, somando um valor aproximado de R$ 37 milhões.


Investigação e modo de operação

A investigação iniciou com uma denúncia interna feita pela Superintendência da Receita Federal no Rio Grande do Sul, que alertou a Corregedoria sobre irregularidades. Conforme as apurações, o grupo criminoso era composto por servidores da Receita Federal que manipulavam registros de apreensão e permitiam a entrada parcial dos produtos nos depósitos oficiais em Santa Maria. Assim, o restante das mercadorias era vendido por terceiros no mercado paralelo, com o lucro sendo repassado aos servidores mediante comissão.


Entre os envolvidos, está um policial militar de Santa Catarina, lotado na inteligência do órgão, o qual auxiliava na operacionalização das abordagens e na venda dos produtos desviados.


Crimes investigados

Os suspeitos estão sendo investigados pelos crimes de peculato, facilitação ao contrabando ou descaminho, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A operação também revela um esquema de corrupção que envolve agentes públicos e particulares com antecedentes de contrabando e descaminho.


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