Foto: Rafael Menezes
A “Operação Scammer”, deflagrada por meio da Delegacia de São Sepé e que prendeu quatro pessoas no Estado de São Paulo na quarta-feira (19), não deve ser a única investigação da Polícia Civil da região relacionada ao crime de estelionato.
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Isso é o que aponta a delegada Carla Dolores Castro de Almeida, titular da Delegacia de São Sepé, em entrevista ao programa Bom Dia, Cidade! (CDN 93.5 FM), com apresentação de Alexandre de Grandi e Rogério Kerber. Confira no vídeo:
A operação foi iniciada em agosto do ano passado, após uma vítima de 75 anos cair em um golpe e ser lesada em aproximadamente R$ 80 mil. De acordo com a delegada, o aumento significativo destes crimes motivou também a instauração de outras investigações, paralelas à realizada nesta semana. Ela também salientou a importância da cooperação e do apoio operacional das corporações de outros Estados.
– Nós vamos continuar realizando essas parcerias com outros Estados, porque grande parte desses estelionatários que cometem estes crimes, tanto em Santa Maria, quanto em São Sepé, são de outros Estados. Então essa colaboração é preponderante para que a gente possa combater esse tipo de crime – ponderou a delegada.
A delegada também orientou a população para não acreditar em qualquer aviso que seja enviado aos seus celulares, nunca informar senhas e, na dúvida, ir até a agência do banco.
– Infelizmente, o celular é muito prático e facilita muito a vida das pessoas. Mas também facilita muito a vida de quem quer cometer crimes.
Entenda o caso
A ação ocorreu nas cidades de São Paulo, Mogi das Cruzes, Praia Grande, Mongaguá e Poá, com o objetivo de combater crimes de estelionato na modalidade "Golpe da Falsa Central de Atendimento", além de associação criminosa e lavagem de dinheiro.
De acordo com a investigação iniciada em agosto do ano passado, após uma vítima de 75 anos cair em um golpe e ser lesada em aproximadamente R$ 80 mil, os policiais começaram a monitorar os suspeitos que, por meio de ligações fraudulentas, se passam por representantes de bancos e informam sobre supostas transações nos cartões de crédito das vítimas. Em estado de estresse, as vítimas acabam fornecendo seus dados bancários e permitindo a instalação de aplicativos de acesso remoto, possibilitando aos golpistas a realização de transações financeiras fraudulentas.
Balanço da operação
Durante a operação, foram cumpridas 28 ordens judiciais, incluindo oito mandados de prisão temporária e 20 mandados de busca e apreensão. Até o momento, quatro pessoas foram presas, sendo três mulheres e um homem. As prisões ocorreram duas em São Paulo, uma em Mongaguá e outra em Mogi das Cruzes. Além das prisões, foram apreendidos telefones celulares, cartões bancários e máquinas de cartões.
Coordenada pela delegada Carla Dolores Castro de Almeida, titular da Delegacia de São Sepé/RS, a operação contou com a participação de nove policiais civis do Rio Grande do Sul e 27 do Estado de São Paulo. O trabalho também recebeu apoio logístico e operacional da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, através do Projeto I.M.P.U.L.S.E.
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