data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Divulgação (Polícia Civil)
Um advogado foi preso por suspeita de estelionato, lavagem de dinheiro e falsificação de documento público em São Sepé na manhã desta quarta-feira. Além da prisão preventiva do suspeito, foram curmpridos três mandados de busca e apreensão na cidade, dois em residências e um em estabelecimento comercial. Outro mandado de busca e apreensão foi cumprido em Canguçu.
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A ação foi coordenada pela Polícia Civil de Canguçu na Operação Signatário, e contou com o apoio da Polícia Civil de São Sepé e da Delegacia de Proteção ao Idoso e Combate à Intolerância (DPICOI) de Santa Maria.
De acordo com o delegado de Canguçu e responsável pelas investigações, César Nogueira, o homem preso em São Sepé seria o mentor do esquema que teria faturado quase R$ 3 milhões.
Segundo a investigação, o advogado, que é de Canguçu e tem escritório no município, mas reside em São Sepé, produzia alvarás falsos e assinava digitalmente os documentos com o objetivo de ter acesso a recursos de inventários e processos de desapropriações depositados em contas judiciais. As vítimas eram clientes e ex-clientes, o que facilitava o acesso a informações pessoais para a ação do advogado.
- Depois que ele assinava digitalmente um alvará falso, ele substituía o nome dele pelos nomes de dois juízes da Comarca de Canguçu. Isso dava aspecto de legalidade ao documento afastando qualquer suspeita visto que quem expede um alvará é o juiz. De posse dos documentos, ele se dirigia a um banco e realizava saques de valores relacionados aos processos.
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Ainda segundo o delegado a fraude foi descoberta no início de outubro quando o investigado tentou fazer o saque de um valor elevado numa agência bancária de Porto Alegre:
- Isso chamou a atenção dos servidores do banco. Eles comunicaram a Polícia Civil que deu início às investigações. Cabe ressaltar que os crimes apurados até agora atentam violentamente contra a fé pública dos atos do Poder Judiciário.
BLOQUEIO DE BENS
Na operação desta quarta-feira, em São Sepé, durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão foram recolhidos dois veículos, documentos, uma arma de fogo e computadores.
Em apoio à ação, a Justiça decretou a indisponibilidade de mais de R$ 2 milhões em bens do advogado e da esposa dele que também é investigada. Ela seria a dona de uma loja utilizada, segundo a polícia, para lavar o dinheiro obtido com os documentos falsos.
Todo o material apreendido durante a operação desta quarta-feira será periciado.
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Conforme a delegada Carla Dolores Castro, participaram da operação sete policiais de São Sepé, um policial de Santa Maria, além da equipe da Polícia Civil de Canguçu.
A ação foi acompanhada também pelo presidente da subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de São Sepé, Tiago Freitas Santos, para garantir que as prerrogativas do advogado não fossem violadas.
O suspeito foi encaminhado para o Presídio Estadual de Canguçu.
*Colaborou Camila Gonçalves