Quando falam do professor Burmann, o comprometimento e o bom diálogo parecem ter vindo de berço. Para as mulheres que inspiram o candidato, histórias de infância, em campanhas para a eleição da Reitoria e como gestor, não deixam dúvidas sobre essas qualidades. Com a palavra, a esposa Elaine Burmann e as colegas Neiva Cantanelli, Soeli Guerra e Isabel Bohrer Scherer.
Infância no Passo Burmann
Foi no local que carrega o nome da família que o candidato viveu os primeiros anos de vida. O Passo Burmann, um dos distritos da pequena cidade de Catuípe, abrigou Paulo e os quatro irmãos até que foram, junto com os pais, estudar em Ijuí. Do noroeste do Estado, mudaram-se para Santa Maria e, por aqui, fixaram endereço. Burmann se formou em Odontologia e, pouco tempo depois, conheceu a esposa Elaine, na badalada noite de Santo Ângelo.
– Quando conheci o Paulo, eu tinha 22 anos, e ele, 24. Nos conhecemos em Santo Ângelo, na noite mesmo. Começamos a namorar em dezembro e, em julho, nos casamos; foi tudo bem rápido. Nessa época, ele já estava com o consultório de Odontologia, e eu era bancária. Passou um tempo, e ele fez concurso na universidade; foi quando eu vim para cá (Santa Maria) – afirma Elaine.
Se do namoro ao casamento a demora foi de sete meses, a chegada da primeira filha não foi tão rápida assim. Elaine conta que engravidou em 1994, quando tinha 34 anos. Pouco tempo depois, chegaram os outros dois filhos do casal. Próximo a esse período, Burmann se dedicou ao desafio de disputar e ocupar cargos de gestão na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
A amizade que percorreu todos os andares da Reitoria
Amizades nascem e se consolidam de diversas formas. No caso de Neiva e Burmann, o companheirismo se estreitou entre um andar e outro da Reitoria da UFSM. A amiga lembra que, na época das campanhas para assumir a gestão da universidade, ela percorreu todos os andares do prédio com o bóton no peito, mesmo nunca tendo feito aquilo antes.
– Conheci o professor Burmann pelas campanhas que ele iniciou. E uma das características marcantes que ele tem é o foco. Ele não foi vitorioso nas duas primeiras eleições para reitor, mas ele sabia muito o que queria. Eu lembro que, um dia, ele me convidou para percorrermos todos os andares da Reitoria com a campanha. Eu disse que não sabia muito bem como fazer isso, bater de porta em porta... Mas coloquei um bóton do professor Burmann, e vamos lá – relembra a amiga.
Foi nesse período que Neiva notou o foco do colega, que, mesmo não saindo vitorioso das primeiras vezes, teve a persistência necessária para entrar outra vez na disputa. E o resultado foram duas gestões à frente da instituição, onde já dedicou 34 anos de sua vida.
– Ele é uma liderança democrática, que ouve a equipe e pede sugestões. Quando ia no gabinete do reitor ou era chamada para acompanhar uma reunião, ele nunca aumentava o tempo de voz com ninguém. Foi sempre muito ponderado e sabia ouvir. Acho que isso é uma característica importantíssima, saber conduzir os conflitos – afirma Neiva.
Primeiros anos de gestão
Para a colega Soeli, gerente de atenção à saúde do Hospital Universitário (Husm) de 2013 a 2022, foram nos episódios de maior dificuldade que Burmann se destacava. No incêndio da boate Kiss e na pandemia de Covid-19, eles compartilharam o trabalho e estreitaram as relações na busca por soluções e formas de ajudar. Foi nesse período que, de acordo com Soeli, a liderança do candidato, caracterizada pela tranquilidade e decisões compartilhadas, fez a diferença.
– O primeiro estreitamento que tivemos foi na relação como colegas no evento da boate Kiss, em 2013. Tínhamos, por obrigação definida, que criar uma unidade no hospital para acompanhamento das vítimas. Nós fizemos um movimento para dar conta de tudo. Então, trabalhamos muito próximos, sempre com um apoio direto dele para problemas. Isso mostra a importância de um gestor presente, que trabalha junto. Isso nos assegurou tranquilidade; ele esteve à disposição no período em que atuei no hospital.
Comprometimento que vem de berço
Para Elaine, o comprometimento e o entusiasmo na política vêm de berço. Na família, o pai de Burmann chegou a ser prefeito. Dois irmãos e tios seguiram o mesmo caminho. A esposa e as amigas também destacam o comprometimento e o respeito com as mulheres como parte importante da trajetória – na política e fora dela.
– Ele sempre foi muito preocupado com as mulheres, principalmente com quem trabalhava com ele. Quando fui convidada a assumir a Pró-reitoria de Gestão de Pessoas da UFSM, me senti desafiada. Cheguei a falar “professor Burmann, não tem outra pessoa? Precisa ser eu?” Mas ele me deu coragem e decidi ajudar. Sempre me senti muito apoiada tendo ele como reitor – conta Neiva, que ocupou o cargo de 2013 a 2017.
Potencializador do diálogo
Quando fala do professor Burmann, a primeira coisa que vem na cabeça de Isabel é a característica do amigo como um incentivador do diálogo. Nos anos de UFSM, em que trabalhavam juntos, ele como reitor, e ela, como Pró-reitora adjunta de Administração, não faltaram momentos de diálogo e tomadas de decisão, mesmo em episódios de extrema adversidade.
– Eu defino ele como um potencializador do diálogo, que gosta de conversar com as pessoas e sente a necessidade de pedir opiniões, de discutir em conjunto, de planejar, de fazer uma busca em conjunto para soluções diante das adversidades. Nesses dois mandatos, tivemos momentos de crise, e o professor Burmann sempre manteve a seriedade. E era firme quando necessário.