Fotos: Beto Albert (Diário)
Ainda em clima de comemoração, o programa Jogo de Cintura recebeu a vice-prefeita eleita Lúcia Madruga (Progressistas) e as mulheres que inspiram Rodrigo Decimo (PSDB). A voz rouca da esposa Janise Decimo, da filha Luíse Decimo e da amiga Carolina Lisowski não escondem a emoção, a festa e o orgulho da trajetória nas eleições municipais. O programa, comandado pela diretora de jornalismo do Grupo Diário, Fabiana Sparremberger, foi ao ar nesta segunda-feira (28).
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Após as edições especiais sobre eleições, que iniciaram ainda no primeiro turno, o programa assume um compromisso em acompanhar o comprometimento da gestão com o protagonismo feminino no Executivo, como afirma a apresentadora:
– Conseguimos enxergar muitas dessas influências femininas no Rodrigo Decimo. Então, a gente consegue entender um pouco mais do perfil do gestor. E o Jogo de Cintura firma, a partir desses primeiros programas, um compromisso de trazê-las, em outras oportunidades, para fazer um acompanhamento sistemático desta gestão.
A Lúcia do campo e dos números
Na etapa inicial, o programa foi dedicado a entender as origens da primeira vice-prefeita eleita em Santa Maria. Lúcia nasceu em casa, na época das memoráveis parteiras, em uma casa no centro de Santa Maria. Não demorou muito para que se mudasse para o interior, em uma localidade chamada Pau- Fincado. O pai era produtor rural e a mãe dona de casa.
Ainda na infância, os pais, ela e os quatro irmãos voltaram para Santa Maria para estudar. Aqui, Lúcia colocou a educação como prioridade e, assim que se formou no Ensino Médio, ingressou nos cursos de matemática e administração. Após, iniciou a carreira que deu a ela o apelido de “Professora Lúcia”. Em 1986, começou a trabalhar na Escola Maria Rocha e deu aulas de estatística e matemática financeira. Dois anos depois, em 1988, passou em um concurso na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e lá permaneceu até 2018.
Também foi no coração do Rio Grande que criou os filhos Lucas e Rodrigo, ao lado do esposo Sérgio – relação que se iniciou quando Lúcia tinha 15 anos. É na Rua Conde de Porto Alegre que ela coleciona as principais memórias:
– Tem uma característica na minha vida que é ter morado, desde os sete, na (Rua) Conde de Porto Alegre. Me mudei quando casei e, depois, para uma casa. Tudo na Conde.
O ingresso na política
O início da trajetória na política, que a levaria ao protagonismo feminino no Executivo, começou como secretária de Educação, pasta que ocupou por sete anos e meio. Lúcia conta que não foi uma decisão fácil, mas necessária. Era importante, para ela, que uma mulher estivesse à frente da educação no município:
– Esse ingressar na política tem sido um aprendizado permanente, desde o primeiro momento. É algo que eu nunca tinha feito. Como eu sou uma pessoa que defendeu a posição da mulher, e a mulher na tomada de decisão. Eu sempre me incomodei com bancadas só masculinas. Então, quando chegou para mim esse convite, eu me deparei com essa situação. Se eu não aceitar, como que eu fico comigo? Foi quando eu decidi enfrentar esse desafio para ver uma outra dimensão da cidade.
Os bastidores da vitória
A vice-prefeita eleita, Rodrigo Decimo e a família acompanharam a apuração da casa da Lúcia, na Rua Conde de Porto Alegre. Luíse conta que foram momentos de muita apreensão, mesmo que a tentativa fosse se manter esperançosa. Sentimento que parecia não ser compartilhado pelo pai, que se mostrava calmo e com os pés nos chão. Conforme a filha, nem em momentos de apreensão, ele deixa a personalidade de lado:
– É nesses momentos de exaltação que a gente percebe a personalidade dele. Eu fico encantada. Eu fico muito orgulhosa de ter ele como pai e de estar nesse lugar privilegiado de poder conviver com ele, com a Lúcia que se complementam nessa personalidade serena, tranquila, que não se exalta.
Após a vitória, a emoção, a euforia e também hematomas, como compartilha a amiga Carolina. Ver o apoio dos santa-marienses, de cima das carreatas, são os momentos mais marcantes para ela:
– Eu gosto muito de ir no caminhão. Este ano, foi mais difícil, porque eu tinha a Maria (a filha). Mas, um dia eu contratei a vó para cuidar da Maria e fui no caminhão. Só que estava com menos prática e fui me batendo durante todo o percurso. Mas vale a pena porque foi muito emocionante como tomou conta da cidade.
“A cidade vai agradecer”
Ainda com a voz rouca e procurando palavras para descrever o sentimento, a esposa Janise conta que foi a consagração de uma campanha construída a várias mãos. Ela, que sempre foi uma defensora do protagonismo feminino no governo do marido, conta que não vê a hora de todas as propostas serem concretizadas. Janise afirma que "a cidade vai agradecer".
– Foi uma mistura de sentimentos. Eu tinha aquela certeza, mas não tem como prever o voto na urna. Mas, eu sempre estava convicta por toda a trajetória. Meu amado pai, que já não está mais aqui com a gente, dizia que o Rodrigo seria prefeito. Era o momento dele – relata Janise.
Confira na íntegra: