Vigilância em Saúde notifica estabelecimentos de Santa Maria com focos do mosquito da dengue

Santa Maria tem intensificado as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti em 2025. Durante a primeira quinzena de janeiro, a Vigilância em Saúde encontrou e tratou focos do mosquito em borracharias, sucatas e depósitos de lixo nos bairros Salgado Filho, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Km3 e Juscelino Kubitschek.

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Conforme o superintendente da Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal da Saúde, Alexandre Streb, os donos dos estabelecimentos foram notificados e os focos foram tratados, com remoção mecânica de água parada e uso de produtos químicos.

Além dos locais citados, foram encontrados focos do mosquito também nos bairros Chácara das Flores, Diácono João Luiz Pozzobon, Pinheiro Machado, Tancredo Neves, Noal e Nossa Senhora do Rosário. Ao Diário, Streb informou quais são as próximas etapas do cronograma:

– Na segunda quinzena, faremos um novo levantamento de índice de infestação. Neste documento, vemos quais bairros se mantêm e quais são os novos locais com focos do mosquito que devemos dar atenção especial. Hoje, contamos com um setor de educação sobre a dengue e temos uma equipe qualificada, que pode dar palestras em empresas, escolas e outras instituições. Também está previsto o mutirão de combate à dengue, que deve ocorrer em março, com o Exército e as demais secretarias.

Denúncias

Denuncie locais com acúmulo de água limpa e parada, reservatório de água sem tampa, piscinas sem tratamento e potenciais criadouros do mosquito Aedes aegypti pelos seguintes contatos:

Site da prefeitura
WhatsApp (55) 7400-5525
Telefone (55) 3174-1581

Casos

Até o momento, Santa Maria emitiu três notificações de possíveis casos de dengue, sendo que dois seguem em investigação e um foi descartado. O atual cenário é comentado por Streb:

– Sempre fazemos um trabalho preventivo desde o início dos dias quentes. Fizemos pulverização de larvicida e visitas aos bairros já citados em dezembro ainda. Fizemos tratamento químico em locais que não é possível fazer o tratamento biológico. Então, o baixo número de notificações é algo positivo. Como lidamos, muitas vezes, com subnotificações, sempre contamos que haja mais casos do que foram comunicados.

Santa Maria encerrou 2024 com 5.629 casos confirmados de dengue, apresentando uma redução de 33,5 % no índice em comparação com 2023, quando o município atingiu o maior número de casos de toda a série histórica (8.465). Antes disso, a cidade, que sofre com surtos da doença desde 2020, nunca havia registrado mais de 250 casos em um mesmo ano.

– Acredito que o trabalho da Secretaria Municipal da Saúde, junto com o tratamento preventivo, biológico e químico, tenha contribuído para isso (redução do número de casos). Fizemos um trabalho antecipado nos meses mais críticos e o resultado foi positivo. Por outro lado, tivemos mais óbitos – afirma Streb.

Sintomas de dengue

Febre alta com duração de dois a sete dias
Dor atrás dos olhos
Dor de cabeça
Dor no corpo e nas articulações
Vômito
Diarreia
Mal-estar geral
Manchas vermelhas na pele, com ou sem coceira

Óbitos

Em 2023, Santa Maria registrou cinco óbitos em decorrência da dengue, sendo esses os primeiros de toda a série histórica da cidade. No ano seguinte, o número quase triplicou. Foram 14 mortes, totalizando 19 óbitos em dois anos. Uma das hipóteses trabalhadas pela Vigilância em Saúde é que o aumento esteja ligado ao surgimento de um novo sorotipo da doença no município.

– Em 2024, tivemos a introdução de um segundo tipo de vírus da dengue (DENV-2) e acreditamos que isso tenha relação com o aumento no número de óbitos. Não temos como afirmar a causa, porque nos faltam dados e notificações dos hospitais com relação aos prontuários dos pacientes. Então, não podemos afirmar a causa com certeza, mas acreditamos que essa introdução do DENV-2, que é associado a sintomas mais graves, também pode provocar reinfecção, o que geralmente implica em dengue hemorrágica. E essa é uma preocupação que temos também em 2025 – comenta o superintendente, após afirmar que a melhor maneira de evitar novos casos de reinfecção é controlando o vetor: o mosquito Aedes aegypti.

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